ATA DA VIGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 26-4-2006.
Aos vinte e seis dias do mês
de abril do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores
Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Cassiá Carpes, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila,
Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Raul Carrion e Sofia Cavedon.
Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, José Ismael Heinen, Margarete
Moraes, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião
Melo e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Carlos
Comassetto, o Pedido de Providência nº 752/06 (Processo nº 2023/06); pelo
Vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei do Legislativo nº 075/06 (Processo nº
1917/06); pelo Vereador Ervino Besson, o Projeto de Lei do Legislativo nº
079/06 (Processo nº 2005/06); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de
Providência nos 835, 836, 837, 838, 839, 840, 841, 842, 843, 844,
846, 847, 848, 849, 850, 851, 852, 853, 854, 855, 856, 857, 858, 859 e 860/06
(Processos nos 2207, 2208, 2209, 2210, 2211, 2212, 2213, 2214, 2215,
2216, 2218, 2219, 2220, 2221, 2222, 2223, 2224, 2225, 2226, 2227, 2228, 2229,
2230, 2232 e 2233/06, respectivamente); pelo Vereador Luiz Braz, o Projeto de
Resolução nº 069/06 (Processo nº 1905/06); pelo Vereador Raul Carrion,
juntamente com a Vereadora Manuela d'Ávila, o Projeto de Lei do Legislativo nº
082/06 (Processo nº 2096/06). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
298, 299, 301, 303, 305, 315 e 316/06, do Senhor Prefeito Municipal de Porto
Alegre. Na ocasião, o Senhor Presidente determinou a distribuição em avulsos de
cópias das Atas da Décima Quarta, Décima Quinta, Décima Sexta e Décima Sétima
Sessões Ordinárias, que foram aprovadas, constatada a existência de quórum deliberativo.
Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em
1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/06, discutido
pelos Vereadores João Antonio Dib e José Ismael Heinen, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 071, 072, 043/06, este discutido pelos Vereadores
João Antonio Dib e Adeli Sell, e 062/06, discutido pelos Vereadores João Antonio
Dib, Márcio Bins Ely e Carlos Comassetto, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 129/05, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos
de Resolução nos 157/05, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, e
063/06, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Márcio Bins Ely; em 3ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 002, 031, 051, 058,
059 e 065/06, os Projetos de Resolução nos 056, 060, 064 e 065/06.
Na oportunidade, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador João Antonio
Dib, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos critérios utilizados
pela Mesa Diretora para a autorização de Representação Externa deste Legislativo
pelos Senhores Vereadores, tendo se manifestado a respeito a Vereadora Margarete
Moraes e o Vereador Haroldo de Souza. Também, o Vereador Claudio Sebenelo
retirou Requerimento de sua autoria, apregoado e deferido pelo Senhor
Presidente durante a Vigésima Sétima Sessão Ordinária, o qual solicitava
autorização para representar externamente esta Casa, do dia vinte e seis ao dia
vinte e oito de abril do corrente, na cerimônia de posse da Ministra Ellen
Gracie Northfleet na presidência do Supremo Tribunal Federal, em Brasília – DF,
tendo os Vereadores Haroldo de Souza, Claudio Sebenelo, João Antonio Dib e João
Carlos Nedel se manifestado sobre o assunto. Ainda, o Senhor Presidente
registrou a presença do Senhor Milton Barbosa da Silva, Grão-Mestre Ad Vitam do
Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos
Todeschini registrou a participação da Comissão de Defesa do Consumidor,
Direitos Humanos e Segurança Urbana nas negociações para o reassentamento de
famílias da Vila Dique, previsto no projeto de ampliação do Aeroporto
Internacional Salgado Filho. Sobre o assunto, criticou o encaminhamento, pelo
Governo Municipal, do processo de aquisição da área que será destinada a
abrigar essas famílias. O Vereador Nereu D'Avila historiou o processo que levou
o Partido Democrático Trabalhista a optar pela apresentação de candidatura
própria nas eleições para o Governo do Estado, a serem realizadas em outubro
deste ano, salientando a escolha do Deputado Federal Alceu Collares como
candidato dessa legenda. Ainda, elogiou a desistência do Senhor Moacir Volpato
de concorrer ao referido cargo e rechaçou a idéia de que o PDT apresente um
candidato a Vice-Governador em outra chapa. Em continuidade, nos termos do
artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO
ESPECIAL ao Vereador Márcio Bins Ely, que relatou sua participação, em Representação
Externa deste Legislativo, no ato solene de lançamento do Instituto dos Direitos
do Contribuinte, realizado no dia vinte e quatro de abril do corrente, na Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a
presença do Vereador Jorge Drumm, do Partido da Social Democracia Brasileira,
do Município de Gramado – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Bernardino
Vendruscolo pronunciou-se em relação à possibilidade de mudança na localização
do Monumento ao Laçador, asseverando que essa atitude não deve ser tomada sem
prévia avaliação por esta Câmara Municipal. Em relação ao assunto, discorreu
acerca da importância do Monumento ao Laçador para o tradicionalismo gaúcho,
frisando que essa estátua é conhecida nacionalmente como símbolo de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. O Vereador Luiz Braz
cumprimentou o Senhor Marcos Ferreira, funcionário desta Casa, pela
defesa de tese de doutorado realizada hoje por Sua Senhoria, elogiando a
qualidade de seu trabalho e salientando a relevância dessa obra para o combate
ao câncer de próstata. Ainda, posicionou-se favoravelmente à autorização para o
Vereador Claudio Sebenelo representar externamente esta Casa na posse da
Ministra Ellen Gracie Northfleet na presidência do Supremo Tribunal Federal. O Vereador Raul Carrion reportou-se aos
Projetos de Lei do Legislativo nos 039/05, que cria o Parque
Temático Tradicionalista, e 084/03, referente à meia-entrada em espetáculos
culturais, e comentou Sessão Solene realizada ontem nesta Casa, em homenagem ao
Dia do Trabalhador e para entrega do Prêmio Mérito Sindical. Ainda, protestou
contra ameaças de morte sofridas pela Vereadora Manuela d’Ávila e defendeu
proposta do Governo Federal, de legalização de centrais sindicais. O Vereador
João Antonio Dib teceu considerações acerca do anúncio, pelo Governo Federal,
da auto-suficiência do Brasil em petróleo, questionando gastos da Petrobras com
publicidade, bem como os valores e a qualidade da gasolina consumida no País.
Também, avaliou problemas financeiros enfrentados pela Viação Aérea
Rio-Grandense – VARIG –, e solidarizou-se com a Vereadora
Manuela d’Ávila, pelas ameaças de morte sofridas por essa Parlamentar. O
Vereador Cassiá Carpes abordou o acompanhamento efetuado por esta Câmara no
relativo ao reassentamento das Vilas Dique e Nazaré e informou ter protocolado
o Requerimento nº 081/06, de Moção de Repúdio ao Instituto Nacional do Seguro Social,
pelo tratamento dispensado aos aposentados e pensionistas do País. Finalizando,
solicitou medidas efetivas do Governo Federal, para solução de carências vivenciadas
pelos brasileiros nas áreas de habitação, saúde, segurança e educação. O Vereador
José Ismael Heinen historiou a trajetória do Brasil na construção da
auto-suficiência em petróleo, destacando que a situação atual resulta de um
processo que envolveu diversas administrações federais e lembrando a
proclamação, pelo ex-Presidente Emílio Garrastazu Médici, do limite marítimo de
duzentas milhas. Da mesma forma, declarou seu apoio à Vereadora Manuela
d’Ávila, propugnando para que sejam investigadas as ameaças de morte sofridas
por essa Parlamentar. A seguir, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento formulado pelo Vereador Luiz
Braz, aditado pelo Vereador João Antonio Dib, de alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme deliberado pelo
Colégio de Líderes. Na oportunidade, em face de Questão de Ordem formulada pela
Vereadora Sofia Cavedon,
o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Requerimentos
nos 263/05, 058, 069, 070, 073,
074, 075 e 077/06 e o Requerimento s/nº (Processo nº 0817/02), de autoria da
Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, indicando
as funcionárias Carmem Lopes e Simoni Bampi para representação deste Legislativo
junto ao Conselho Municipal de Assistência Social de Porto Alegre, após serem
encaminhados à votação pela Vereadora Manuela d’Ávila e pelo Vereador Haroldo
de Souza. Em Votação, foi aprovado o Requerimento n° 068/06, por dezessete
votos SIM, oito votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação
pelos Vereadores Raul Carrion e João Antonio Dib, em votação nominal solicitada
pelos Vereadores João Antonio Dib e Haroldo de Souza, tendo votado Sim os
Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Dr.
Goulart, Dr. Pinto, Elias Vidal, José Ismael Heinen, Manuela d’Ávila, Márcio
Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D’Avila, Paulo Odone,
Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Almerindo
Filho, Claudio Sebenelo, este com Declaração de Voto, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel e Neuza Canabarro e
optado pela Abstenção os Vereadores Bernardino Vendruscolo e Sebastião Melo. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 039/05, com ressalva das Emendas a ele apostas, considerando-se
prejudicado o Projeto original e a Emenda nº 01 aposta a esse Projeto, por vinte
e oito votos SIM e uma ABSTENÇÃO, após ser discutido pelos Vereadores João
Antonio Dib, Bernardino Vendruscolo, Ervino Besson, Márcio Bins Ely, Raul
Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Carlos Comassetto, José Ismael Heinen,
Adeli Sell, Paulo Odone, Nereu D’Avila, Professor Garcia e Cassiá Carpes e
encaminhado à votação pelo Vereador José Ismael Heinen e pela Vereadora Margarete
Moraes, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos Comassetto, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d’Ávila,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D’Avila,
Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon e
optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Durante a apreciação do Substitutivo
nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 039/05, os Vereadores Haroldo
de Souza e Dr. Pinto cederam seus tempos de discussão, respectivamente, para os
Vereadores Bernardino Vendruscolo e Ervino Besson. Na oportunidade, foram
apregoadas as seguintes Emendas ao Substitutivo nº 03, aposto ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 084/03 (Processo nº 1937/03): de no 01, de autoria
do Vereador Raul Carrion, Líder da Bancada do PCdoB, subscrita pelo Vereador
Paulo Odone e pela Vereadora Manuela d’Ávila, e de nº 02, de autoria dos
Vereadores Raul Carrion, Líder da Bancada do PCdoB, subscrita pelos Vereadores
Nereu D’Avila, Paulo Odone e pela Vereadora Manuela d’Ávila. Ainda, foi
apregoado Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion, deferido pelo Senhor
Presidente, solicitando a votação em destaque das Emendas nos 01 e 02, apostas ao Substitutivo nº 03 ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 084/03. Também, o Vereador Carlos Comassetto formulou
Requerimento verbal, solicitando que seja divulgado na página da internet deste
Legislativo a III Cavalgada Feminina de Itapuã, promovida pelo Piquete Prenda
Linda, a ser realizada no dia primeiro de maio do corrente, no Município de
Viamão – RS. Na ocasião, foram registradas as presenças do Senhor Pedro Luiz
Rippel e do Vereador Darlei José Cardoso da Silva, respectivamente Prefeito
Municipal e Presidente da Câmara Municipal de Rolante – RS. Em prosseguimento,
foi aprovada a Emenda nº 02, aposta ao Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 039/05, por vinte e sete votos SIM e dois votos NÃO, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Carlos Comassetto, tendo votado Sim os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d’Ávila, Márcio Bins Ely,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D’Avila, Neuza Canabarro,
Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores
Haroldo de Souza e João Antonio Dib. Foi aprovada a Emenda nº 03, aposta ao
Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 039/05. Foi rejeitada a
Emenda nº 04, aposta ao Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº
039/05, por vinte e quatro votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Márcio Bins Ely, tendo votado Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Cassiá
Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Manuela d’Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mônica Leal,
Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon e
optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Foi rejeitada a Emenda nº
05, aposta ao Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 039/05,
por dois votos SIM, vinte e um votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, tendo votado Sim o
Vereador Carlos Todeschini e a Vereadora Margarete Moraes, Não os Vereadores
Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d’Ávila,
Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor
Garcia e Raul Carrion e optado pela Abstenção os Vereadores Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, Maria Celeste e Sofia Cavedon. Ainda, foi apregoada Declaração
de Voto ao Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 039/05
e às Emendas nos 02, 03, 04 e 05, apostas a esse Substitutivo,
apresentada, conjuntamente, pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Maria Celeste, Margarete Moraes e Sofia
Cavedon. Em Renovação de Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 037/05, com ressalva das Emendas e da Subemenda a ele apostas,
por vinte e um votos SIM e sete votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos
Vereadores Luiz Braz e Carlos Comassetto, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Dr. Goulart, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Pinto, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d’Ávila, Márcio Bins Ely,
Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Raul Carrion e
Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Margarete Moraes, Maria Celeste e Sofia Cavedon. Foram aprovadas as
Emendas nos 01, 02, 03 e 04 e a
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, apostas ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 037/05. A seguir, foram apregoadas as seguintes matérias ao Substitutivo
nº 03 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03: a Subemenda nº 01 à
Emenda nº 02, de autoria dos Vereadores Raul Carrion, Líder da Bancada do PCdoB,
subscrita pelos Vereadores Nereu D’Avila, Paulo Odone e pelas Vereadoras Sofia
Cavedon e Manuela d’Ávila, e a Emenda nº 03, de autoria da Vereadora Sofia
Cavedon, Líder da Bancada do PT. Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos,
deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando votações em destaque relativas ao
Substitutivo nº 03 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03: de autoria
do Vereador João Carlos Nedel, com referência à expressão “perdendo esta condição
apenas quando da expedição de nova carteira no ano letivo seguinte”, constante
da Emenda nº 03; do Vereador Raul Carrion, com referência à Subemenda nº 01 à
Emenda nº 02; da Vereadora Manuela d’Ávila, com referência à Emenda nº 03. Em
Discussão Geral e Votação, foi rejeitado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 084/03, por vinte e cinco votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Manuela d’Ávila, Paulo Odone, Márcio
Bins Ely, Aldacir Oliboni, Adeli
Sell, Raul Carrion e Professor Garcia e encaminhado à votação pela Vereadora
Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada pelo Vereador Raul Carrion, tendo
votado Não os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos
Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino
Besson, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Manuela d’Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mônica Leal,
Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano e optado pela Abstenção o Vereador João Antonio
Dib. Na ocasião, foi aprovada a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão,
por vinte e quatro votos SIM e um voto NÃO, em votação nominal solicitada pelo
Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio
Sebenelo, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d’Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone,
Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não o Vereador João Antonio Dib. Foi rejeitado o
Substitutivo nº 02 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03, por vinte e seis
votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Manuela
d’Ávila, tendo votado Não os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo,
Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d’Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone,
Professor Garcia, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Valdir Caetano e optado pela
Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Foi aprovado o Substitutivo nº 03 ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03, com ressalva do destaque, das Emendas
e da Subemenda a ele apostos, considerando-se prejudicado o Projeto original e
a Emenda aposta ao referido Projeto, por vinte e seis votos SIM, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Dr. Goulart, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá
Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Pinto, Elias Vidal, Ervino Besson, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d’Ávila, Márcio
Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D’Avila, Neuza
Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01, 02 e 03 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02,
apostas ao Substitutivo nº 03 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03, com
ressalva da expressão destacada na Emenda nº 03. Foi votada destacadamente e
aprovada a expressão “perdendo esta condição apenas quando da expedição de nova
carteira no ano letivo seguinte”, constante na Emenda nº 03 aposta ao
Substitutivo nº 03 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03. A seguir, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em
Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos
de Lei do Legislativo nos 273, 306 e 312/05 e os
Projetos de Resolução nos 153/05, 022 e 033/06. Às
dezenove horas e dezesseis minutos, constatada a inexistência de quórum, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz Braz, Margarete Moraes e Valdir Caetano e
secretariados pelo Vereador Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída em
avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
N. 2716/05 - SUBSTITUTIVO N. 01, que dispõe sobre a cassação definitiva do
Alvará de Funcionamento dos estabelecimentos situados no Município de Porto
Alegre, cujos funcionários ou seguranças tenham usado de violência no trato com
clientes, conforme especifica, ao PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N. 129/05, ambos
de autoria da Verª Manuela d'Ávila.
PROC.
N. 1031/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 043/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que
acrescenta dispositivos e altera a redação da Lei n. 6.787, de 11 de janeiro de
1991, que dispõe sobre a política de atendimento dos Direitos da Criança e do
Adolescente no Município, e dá outras providências, e da Lei n. 8.067, de 18 de
novembro de 1997, que acrescenta requisitos à candidatura de Conselheiros
Tutelares, destinando vagas para candidatos graduados e estabelecendo
requisitos à candidatura e ao exercício das funções de membro do Conselho
Tutelar.
PROC.
N. 1607/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 062/06, de autoria do Ver. Jorge Sodré, que
institui, no âmbito do Município, o Programa de Incentivo à Cultura
Carnavalesca, mediante formação técnico-profissional na área.
PROC.
N. 1610/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 063/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que altera a redação do caput
do art. 102 e do parágrafo único do art. 197 da Resolução n. 1.178, de 16 de
julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), divulgando na internet
os projetos e substitutivos incluídos na Pauta e os Anais.
PROC.
N. 1805/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 008/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que
estabelece condições para funcionamento de clubes sociais e associações que
estejam impedidas pela Lei Complementar n. 12, de 7 de janeiro de 1975, de
realizar atividades no período noturno, em face da emissão sonora.
PROC.
N. 7242/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 157/05, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Lei n. 5.811, de 8
de dezembro de 1986, que estabelece o Sistema Classificado de Cargos e Funções
da Câmara Municipal de Porto Alegre,
mediante a extinção de uma função gratificada de Gabinete de Estudos
Legislativos e a criação de uma função gratificada de Assessor da
Procuradoria-Geral.
PROC.
N. 1866/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 071/06, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Iracema Sommer o logradouro público não-cadastrado, conhecido como
Rua 2044 – Loteamento Timbaúva, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC.
N. 1878/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 072/06, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Manacá e Rua Álamo os logradouros públicos não-cadastrados,
conhecidos respectivamente como Rua 5049 e Rua 5050, localizados no Bairro
Hípica.
3ª
SESSÃO
PROC. N. 0857/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 031/06, de
autoria do Ver. Adeli Sell, que denomina Praça Nilva Mortari o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Praça 3137, localizado no Bairro Santa
Maria Goretti.
PROC. N. 1413/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N. 060/06, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que concede o título honorífico de Líder Comunitário à
Senhora Elvira Centena da Silva.
PROC. N. 1659/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N. 064/06, de autoria do
Ver. Carlos Todeschini, que dispõe sobre a concessão do Prêmio de Ciência e
Tecnologia Mário Schenberg, no ano de 2006.
PROC. N. 1088/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N. 056/06, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que altera o art. 3º da Resolução 1.867, de 23 de
novembro de 2004, que institui a Semana da Mulher e o Prêmio Mulher em Ação na Câmara Municipal de Porto Alegre,
estabelecendo que a entrega do Prêmio será feita por meio de Resolução de Mesa.
PROC. N. 1510/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 059/06, de autoria
do Ver. Carlos Todeschini, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Padre Roberto Paz.
PROC. N. 1701/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N. 065/06, de autoria do Ver. Adeli
Sell, que concede o prêmio artístico “Lupicínio
Rodrigues” à Artista Adriana de Almeida.
PROC. N. 0025/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 002/06, de autoria
do Ver. Adeli Sell, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Padre Edgar Jotz.
PROC. N. 1298/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 051/06, de autoria
dos Vereadores Ervino Besson e Bernardino Vendruscolo, que institui o Dia do
Pescador no Município de Porto Alegre e destina, anualmente, Sessão Solene para
comemoração da data.
PROC. N. 1447/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 058/06, de autoria
da Verª Mônica Leal, que altera a redação do art. 1º da Lei n. 3.893, de 12 de
julho de 1974, que institui a Bandeira do Município de Porto Alegre e dá outras
providências, prevendo o hasteamento da Bandeira do Município de Porto Alegre
em ocasiões em que forem hasteadas as Bandeiras Nacional e do Rio Grande do
Sul.
PROC. N. 1695/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 065/06, de autoria
do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Irmã Inês Favero o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Rua 1948 – Loteamento Wenceslau
Fontoura, localizado no Bairro Mário Quintana.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não posso ter a
mesma alegria que tive na segunda-feira passada, quando não havia nenhum novo
Projeto de Lei em pauta, e eu pude dizer que leis não se fazem como histórias
em quadrinhos: em quantidade, para agradar; hoje, mais oito Projetos são
apresentados.
A
Mesa Diretora está tornando sem efeito um cargo e criando outro. Aparentemente,
está tudo correto; está extinguindo um cargo de Função Gratificada do Gabinete
de Estudos Legislativos, e criando outro junto à Procuradoria.
No
entendimento deste Vereador, há uma pequena dificuldade: a Lei de
Responsabilidade Fiscal estabelece que tem que ser dito quanto é que custa
isso, e não há nada no Processo que diga. Claro, não há grande diferença, mas é
bom esclarecer.
O
Ver. João Carlos Nedel tem duas denominações de logradouros. E, com relação a
isso, espero que logo seja votado, seja discutido o Projeto que altera a Lei
Orgânica, de autoria deste Vereador e de outros Vereadores mais, através do
qual não precisarão mais vir a Plenário para serem votados esses tipos de
Projetos, porque as Comissões resolvem; com uma exceção: quando o Vereador
solicitar para discutir um determinado Projeto em homenagem de alguma pessoa.
A
Verª Manuela tem um Substitutivo que dispõe sobre a cassação definitiva de
alvará de funcionamento dos estabelecimentos situados no Município de Porto
Alegre, cujos funcionários ou seguranças têm usado de violência no trato com
cliente, conforme especifica.
Na
verdade, eu aqui tenho de lembrar, para a tristeza desta Casa, para a tristeza
desta Cidade, para a tristeza até deste País, que a Verª Manuela, ontem, foi
ameaçada pela sua escolha política. Mas onde está o direito do brasileiro, do
cidadão de escolher o que ele quer? Acho que foi uma das piores coisas que ouvi
neste ano. Uma menina, uma moça, uma senhora que não ofende ninguém, não agride
ninguém, tem as suas convicções como eu tenho as minhas, está sendo objeto de
ameaça. Ora, eu acho que ela deveria ser elogiada, porque todas as pessoas que
têm convicções no que fazem merecem o meu respeito; não aqueles que estão
trocando de idéias a toda hora, trocando de posições a toda hora; é convicção,
e convicção se respeita.
O
Ver. Adeli Sell quer mexer nos Conselhos Tutelares. Eu concordo com ele, mas
acho que nós temos que fazer um estudo muito mais amplo, até, talvez, não
votarmos mais nos conselheiros, e sim fazermos uma outra forma de indicação de
conselheiros.
O
Ver. Jorge Sodré, em um único dia de vereança, apresenta um Projeto que
institui no Município - ele não sabe que não pode instituir - um Programa de
Incentivo à Cultura Carnavalesca.
O
Ver. Oliboni quer que seja divulgado o que acontece na Câmara, e eu acho que
ele está correto, não tem problema nenhum.
O
Vereador Ismael quer alvará para clubes que tenham mais de mil associados, que
realizem bailes e não excedam 80 decibéis, internamente, que possam fazer dois
bailes por mês. Eu quero dizer que 80 decibéis, internamente, não é ruído que
cause preocupações fora do clube; muitas vezes, aqui no Plenário, nós excedemos
os 80 decibéis.
E
o nosso ilustrado Presidente, o querido Vereador Dr. Goulart, deseja fazer uma
homenagem ao gaiteiro, fazendo um monumento ao gaiteiro no Parque Maurício
Sirotsky Sobrinho. Ele também está fazendo algo que não pode, ainda que ele
diga, num de seus artigos, que o Executivo fica autorizado a fazer solicitação
às entidades, para que contribuam. Eu proporia ao Vereador que fizesse ele
mesmo, e seria muito interessante essa coleta de recursos, porque muita gente
se interessaria; até eu ajudaria o Presidente. Eu acho que nós mesmos faríamos;
e o Prefeito concordará em colocar em qualquer parque da Cidade, mas, de
qualquer forma, o melhor seria o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, que nós
conhecíamos antes por Parque da Harmonia, e harmonia é o que nós precisamos.
Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente desta Sessão, nobre Ver. Luiz Braz; excelentíssimos Vereadores e
Vereadoras; público que nos assiste; de um modo especial, quero deixar
registrada aqui a presença do nosso estimado e particular amigo, o grande líder
das tradições do nosso Estado, chamado carinhosamente de Nelsão, Coordenador da
1ª Tradicionalista, representando mais de quarenta CTGs só de Porto Alegre.
Sr.
Presidente, eu gostaria de dizer que esse Projeto que estamos encaminhando tem
muito a ver, também, com os nossos CTGs. Mas o amigo Nelsão está aqui em função
da nossa votação sobre o Parque Temático.
Apresentamos
também, nobres pares, um Projeto de Lei Complementar para os clubes sociais de Porto Alegre, que estão sendo muito
prejudicados. Nada contra a Lei do Silêncio; muito pelo contrário. Só que há
clubes que não conseguiram se flexibilizar devido aos custos para se adaptarem
à Lei. Basta um denunciante anônimo, para que um clube seja fechado devido a
problemas com o salão social.
E
há diversos clubes que sucumbiram, fecharam suas portas em Porto Alegre,
começando com o lacre no seu salão social. Cito, como exemplo, o nosso grande e
tradicional Clube Glória, que está fechado. E começou com o fechamento do salão
social. Hoje, lá será uma cooperativa, extensão da Cooperativa do Geraldo Santana.
Temos,
naquelas mesmas imediações, para V. Exas terem uma idéia, o nosso
grande Clube Partenon, que está com problemas de som no seu salão social.
Seguindo
um pouco mais adiante, temos o Clube Caminho do Meio, que tem um salão social
que não está usando nem para festas de aniversário.
Vamos
um pouco mais à frente e temos o Clube Independente, que também está
impossibilitado de fazer bailes no seu salão.
E,
se levarmos ao pé-da-letra, nenhum CTG da nossa Cidade, se fosse feita uma
denúncia, estaria dentro dos decibéis permitidos por lei.
Agora
vamos imaginar, senhores, uma sociedade de bairro, um clube que representa uma
comunidade, não podendo usar o seu salão social; ele deixa de ser um clube
social, deixa de ser aquele encontro dos seus associados, os costumes do
bairro.
Hoje,
um presidente de clube social - e canso de reprisar - tem uma responsabilidade
enorme perante o Código Civil Brasileiro. Ele faz um trabalho aprofundado,
substituindo as autoridades públicas deste País pela responsabilidade que tem
pelo que acontece dentro do seu clube social.
O Sr. Ervino Besson: Vossa Excelência permite um aparte?
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Cedo apartes, só gostaria que fossem
breves.
O Sr. Ervino Besson: Ver. José Ismael, quero saudar e
parabenizar V. Exª por trazer essa discussão a esta Casa. O que V. Exª está
colocando é o mesmo problema que estamos enfrentando lá na Zona Sul, no Clube
Recreativo Vila Nova, que não está conseguindo funcionar por causa dessas Leis,
que acho muito duras, Vereador. Acho oportuno que V. Exª traga essa discussão a
Casa para aprofundarmos. Sou grato a Vossa Excelência.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Muito obrigado
pela colaboração, nobre Vereador.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) É verdade que nós temos que respeitar o
silêncio, nós temos que respeitar os vizinhos desses clubes, mas essa neurose
tem feito com que os clubes deixem de fazer as suas festividades, seus
encontros, fazendo com que os jovens, filhos dos familiares, acabem fazendo os
encontros nas ruas. Então, quero cumprimentá-lo nesse sentido, especialmente
pelo nosso Clube, o Clube Independente.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Muito obrigado
pelas intervenções. Nós estamos pedindo apenas, nesta Lei Complementar, que o
Poder Público autorize, dentro de uma pré-combinação com a Secretaria do Meio
Ambiente e com o Ministério Público, duas atividades durante o mês, em semanas
alternadas, limitando o som dentro do próprio salão em 80 decibéis, que, ao
passar pelas paredes, chega lá fora no limite que é permitido pela Lei. Mas, se
o clube conseguir fazer essas duas atividades sociais, Sr. Presidente, eu tenho
certeza de que ele vai superar os enormes problemas que tem hoje, tanto sociais
como financeiros.
Deixei por último, meus senhores - e terminando,
Sr. Presidente, se me permitir -, a situação do Clube Bandeirantes, lá da
Tristeza, que fez um esforço enorme para construir um belíssimo salão social,
que hoje está fechado por uma denúncia apenas! É um salão moderno, mas que não
conseguiu cumprir as exigências da Lei do Silêncio. Então, eu pediria a todos
os Vereadores desta Câmara, não para ajudar a proposição do Ver. José Ismael,
mas sim auxiliar a Cidade a resolver seus próprios problemas, para que a sua
população tenha uma melhor qualidade de vida. Muito obrigado.
(Revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz, na pessoa de V. Exª, quero cumprimentar os demais Vereadores
e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste na TVCâmara, público que nos
assiste nas galerias, em especial a
UMESPA, a UGES e a União Estadual de Estudantes do Rio Grande do Sul,
cumprimentando as entidades, quero cumprimentar todos os estudantes presentes
hoje aqui no nosso Plenário. Quero também fazer uma saudação especial ao
companheiro José Antônio Mesquita, Vice-Presidente do PDT, do Município de
Palmares, que se encontra aqui, prestigiando a Sessão do dia de hoje.
Venho
a esta tribuna, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, no período de Pauta,
inicialmente para falar a respeito do Projeto de Lei n° 062/06, de autoria do
Ver. Jorge Sodré, que institui, no âmbito do Município, o Programa de Incentivo
à Cultura Carnavalesca, mediante a formação técnico-profissional na área. Eu
gostaria, senhores e senhoras, inicialmente, de cumprimentar o Ver. Jorge
Sodré, pois sabemos do seu envolvimento e da sua responsabilidade com as
questões que envolvem o carnaval, não só o porto-alegrense, mas de todo o Estado,
mas de dizer que, pelo menos no meu entendimento, todas as ações voltadas a
incentivar o carnaval, também aqui na Capital gaúcha, devem ter o apoio deste
Legislativo. Digo isto, porque sou um tradicionalista assim como os
companheiros Bernardino Vendruscolo, Ervino Besson e outros da minha Bancada,
que somos apoiadores do movimento tradicionalista e sabemos que a cultura
gaúcha tem dado muito incentivo a esse movimento, o que não ocorre com o
carnaval. Sabemos que, quando o tema é o carnaval, as dificuldades aumentam. É
com muita honra que concedo um aparte ao Vereador.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: Primeiro,
Vereador, eu lhe agradeço a oportunidade. O Vereador Sodré é um suplente do
PMDB, a quem nós estamos dando todo o apoio no seu Projeto do carnaval, até
porque ficamos muito marcados quando defendemos, e vamos defender sempre, o
Movimento Tradicionalista Gaúcho. Defender o Movimento Tradicionalista Gaúcho
não quer dizer que somos contra o carnaval; pelo contrário, também somos a
favor.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY:
Muito obrigado pelas suas colocações, Ver. Bernardino. Acho importante que nós
possamos ter essa visão ampla da necessidade que se tem do fomento, do
incentivo à cultura no tema carnaval. Meus cumprimentos à nossa colega Simone,
que está aqui presente e que desfilou na Escola de Samba Restinga, que também
abordou o tema, e teve a ala da OAB representada; cumprimentos à equipe campeã
do carnaval de Porto Alegre.
Também no período de Pauta, gostaria de fazer
menção ao Projeto de Resolução n.º 063/06, de autoria do Ver. Oliboni, que
altera a redação do caput do art. 102, do Parágrafo Único do art. 197 da
Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores do nosso
Regimento, divulgando na Internet
os Projetos e Substitutivos incluídos na Pauta e nos Anais.
Já conversei com o Ver. Oliboni a respeito desse
Projeto e percebi que o Ver. João Antonio Dib, que me antecedeu, concordou com
esse Projeto de alteração do Regimento. Mas eu gostaria de fazer uma ressalva,
Ver. Dib, inclusive já a fiz pessoalmente ao Ver. Oliboni, porque, muitas
vezes, por algum descuido, projetos com muita semelhança ou com vício de origem
contêm alguns equívocos e são arquivados, e isso se dá num segundo momento, não
neste momento inicial da Pauta e dos Anais.
Na realidade, a primeira etapa que eu acredito deva
ser cumprida para que um projeto possa ir à Internet, Ver. Dib, é a sua passagem pela Comissão de
Constituição e Justiça. Esta é a minha opinião particular; ainda não tive a
oportunidade de discuti-la na Bancada do PDT, mas tenho a impressão de que
incluirmos, de imediato, um projeto na Internet,
sem que ele tenha passado, pelo menos, pela Comissão de Constituição e Justiça,
talvez seja premeditado.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, serei rápido. Na
realidade, se V. Exª tivesse tido mais atenção ao Projeto, perceberia que ele
passa pela Comissão de Justiça e pela Comissão de Educação. Se as duas
Comissões o aprovarem, não há por que vir a Plenário.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Na realidade,
seria quanto à inclusão na Internet
de imediato.
Mas, para encerrar, fica esta ressalva e a minha
discordância, inicialmente, para que, num segundo momento, nós possamos
aperfeiçoar o Projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver.
Claudio Sebenelo, amanhã, estará representando esta Casa na posse da Ministra
Ellen Gracie Northfleet na Presidência do Supremo Tribunal Federal. Hoje ele já
aparecia como em representação, porque, normalmente, já deveria ter viajado
para a posse da Ministra. Mas ele viajará apenas amanhã, e hoje estará
participando normalmente da nossa Sessão Plenária.
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, público que
nos assiste, juventude que nos visita, quero fazer hoje um comentário a
respeito do Projeto do nosso Suplente de Vereador Jorge Sodré, que é Presidente
da Associação das Escolas de Samba do Rio Grande do Sul e que institui, no
âmbito do Município, o Programa de Incentivo à Cultura Carnavalesca, mediante a
formação técnico-profissional na área. Esse Projeto vem reforçar uma política
que ficou instituída no Município de Porto Alegre com a concepção do Complexo
Cultural do Porto Seco.
Se avaliarem o processo cultural do Porto Seco,
poderão notar que ele foi criado justamente com o objetivo de lá ser realizado
o desfile de carnaval e para que todo aquele complexo funcionasse o ano todo,
com atividades complementares, de cultura, de lazer, de formação profissional,
de formação cultural. Nesse sentido, nós aprovamos, aqui nesta Casa, duas
Emendas: uma ao Plano Plurianual, Ver. Bernardino, nas diretrizes políticas
desta Cidade, para que seja implantada e desenvolvida a Universidade Popular do
Carnaval. Por isso, o Projeto do Ver. Sodré vem ao encontro do que nós
aprovamos aqui nesta Casa, de instituir e constituir a Universidade Popular do
Carnaval. E mais, nós aprovamos também uma Emenda no Orçamento de cem mil
reais, para que, em 2006, pudéssemos tratar o tema. O que significa isso? De
que forma podemos trabalhar? Como desenvolver o tema? Então, já é um tema que
está e deveria estar muito mais avançado na prática e, casualmente, na próxima
sexta-feira, dia 28, Ver. Haroldo de Souza, estaremos aqui nesta Casa promovendo um seminário, justamente, sobre o tema, o qual se
chamará “Seminário Popular do Carnaval”, para discutirmos qual é o potencial
que tem o tema do carnaval, para que o complexo funcione o ano todo.
E
para a juventude que está aqui, da União Estadual do Estudante da UNESCO, o que
significa essa proposta da Universidade Popular do Carnaval, associada ao
Projeto do Ver. Sodré? Significa funcionarem o ano todo, naquele potencial que
é o Complexo Cultural do Porto Seco, cursos de formação profissional. Por que
não formarmos lá o arquiteto do carnaval, o estilista do carnaval, a música, a
fábrica de instrumentos? Os dezoito barracões que foram construídos lá naquele
local funcionam nos três meses de carnaval e, no restante, ficam fechados. Não,
não pode, um investimento daquela grandeza! Tenha a bondade, Ver. João Antonio
Dib!
O
Sr. João Antonio Dib: Nobre
Ver. Carlos Comassetto, carnaval não pode ser feito por lei; carnaval é algo
que sai de dentro do indivíduo.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Correto. Carnaval não pode ser feito por lei, mas com a discussão e o
fortalecimento do entendimento de qual é a fortaleza que tem o carnaval sobre o
tema da cultura. Qual é a fortaleza que tem este tema? No Rio de Janeiro, a
Escola Beija-Flor, por meio do Programa Federal chamado Escola de Fábrica,
instalou, na Beija-Flor, um curso de formação profissional para funcionar o ano
todo, formando a juventude. E qual é a juventude? É a juventude que mora na
periferia, é a juventude excluída, é a juventude que não tem possibilidade de
continuar estudando. E quem é que disputa essa juventude na sociedade hoje? É o
tráfico. Bom, essa é a juventude que cultua o tema do carnaval. Essa é a
juventude que vive o tema do carnaval. Essa é a juventude que faz as escolas de
samba desfilarem nas baterias, nas alegorias e tudo o mais. Portanto nós
devemos aproveitar esse tema, que é o maior tema da expressão cultural, da
cultura popular brasileira; é a maior festa popular da cultura popular do
mundo, o carnaval. E por que nós não podemos trabalhar, Ver. Bernardino
Vendruscolo, 365 dias do ano com o tema, fortalecendo, justamente o quê? Bom,
vamos fazer com que aqueles barracões que lá estão das escolas de samba se transformem
em empresas sociais, com a finalidade do quê? De ter vinte, trinta, quarenta,
cinqüenta, cem jovens, lá sendo formados em diversos cursos e atividades que
possam produzir isto, produzir temas relacionados. Por que não podemos
ter lá fábricas de instrumentos que possamos exportar para o mundo? Por que
hoje temos que importar as fantasias do carnaval? Nós podemos exportar isso
para o mundo.
Portanto a iniciativa do Ver. Sodré, essa não é uma
questão de força de uma lei, mas pela força que culturalmente tem o tema.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Acho que é belo o seu discurso, e o apóio,
até porque o autor desse Projeto é do nosso Partido; eu apenas incluiria no seu
discurso também o Movimento Tradicionalista Gaúcho, a nossa cultura
tradicionalista. Obrigado.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sem dúvida
nenhuma. No Rio Grande do Sul, se pegarmos a cultura popular, de uma maneira
geral, o carnaval tem a sua fortaleza, que é urbana; e se pegarmos hoje do veio
que vem do campo à Cidade, é a cultura gaúcha, com a maior cultura eqüestre do
mundo.
O Projeto que votaremos, que discutiremos aqui,
hoje, vem nessa afirmação também, pois cria a questão da Cidade Gaúcha no
Parque Harmonia. Então, esses Projetos se complementam. Aqui, neste caso, o
Projeto do Ver. Sodré se soma à Emenda de autoria deste Vereador, que aprovamos
aqui nesta Casa.
Nesse sentido, agradeço a contribuição dos apartes
e convido todos, Sr. Presidente, se me permite, para, na sexta-feira, dia 28, à
tarde, aqui no Plenário Ana Terra, para debater sobre o tema “Universidade
Popular do Carnaval”, onde está inserido justamente o contexto desse Projeto
que está em pauta. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, para um questionamento: foi escolhido um Vereador, e não sei qual
foi o critério, para representar a Casa do Povo de Porto Alegre na posse, no
Supremo, da Drª Ellen Gracie. Nós temos nove mulheres. Por que não foi
escolhida uma mulher para representar a Câmara? (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver. João Dib,
não posso afirmar com certeza, porque eu não participei da reunião de Mesa que
escolheu o Ver. Claudio Sebenelo, mas sei que o Vereador, por ser amigo
particular da Ministra Ellen Gracie, recebeu um convite e solicitou à Mesa para
ser o representante desta Câmara.
Como não houve nenhuma outra solicitação de nenhum Vereador para representar
esta Casa nessa visita, o Ver. Claudio Sebenelo ficou como representante da
nossa Câmara Municipal. Eu acredito que o Vereador Claudio Sebenelo tem toda a
dignidade possível para fazer uma boa representação na posse da Ministra Ellen Gracie Northfleet.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Luiz
Braz; Ver. João Antonio Dib, por favor, nós não temos nada contra o Ver.
Claudio Sebenelo. Ele é um grande Vereador, tem todas as condições de
representar esta Casa. Eu apenas quero registrar que há um pacto entre os
componentes da Mesa para, em primeiro lugar, procurar-se a Mesa: o 1º Vice-Presidente;
o 2º Vice-Presidente; o Secretário; o 2º Secretário e o 3º Secretário. E eu não
fui procurada para essa representação. Eu queria deixar registrado isso em
relação à Mesa; jamais em relação ao Ver. Claudio Sebenelo.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu posso afirmar a Vossa
Excelência, Verª Margarete Moraes, que este Vereador não participou de nenhuma
reunião para apontar um representante desta Casa na posse da Ministra. O Ver.
Claudio Sebenelo foi o único Vereador desta Casa que solicitou essa representação.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente dos
trabalhos, eu também não fui consultado. Então, foi uma decisão única e
exclusivamente do Presidente da Casa. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu até diria a Vossa
Excelência, Ver. Haroldo de Souza, que o Ver. Claudio Sebenelo foi o único
Vereador que, na verdade, se importou com a posse da Ministra, pois ele foi o
único Vereador que solicitou representação a esta Casa. E, por isso mesmo, esta
Casa concedeu a ele essa representação.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, eu já tive
até nome de rua vetado aqui nesta Casa sem nenhuma razão, sem nenhuma alegação.
Então, se quiser que retire o pedido de representação, não há importância, pode
retirá-lo. E eu tomo isso, talvez, à minha pequenez pessoal, no sentido de não
poder representar a Casa. Eu acho que os outros podem representar a Casa bem
melhor do que eu. Está retirado o meu pedido!
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, quanto a
mim, eu não sou contra essa posição tomada pelo Ver. Sebenelo. Eu só vim dizer
que eu não participei dessa reunião que tomou essa decisão. Mas a minha opinião
também é no sentido de que uma Vereadora da nossa Capital estaria em melhores
condições de representar esta Casa nessa posse não por causa do Sebenelo; longe
disso. Só que seria uma mulher na posse de uma outra mulher. Nada mais do que
isso.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Todos nós
sabemos que as representações desta Casa não são dadas dessa forma que os Srs.
Vereadores estão discutindo. Perdoem-me, mas eu acho que há muita demagogia
nessa discussão. As representações são feitas exatamente de acordo com os
pedidos que são apresentados pelos diversos Vereadores dentro das suas áreas de
atuação. O Ver. Claudio Sebenelo, dignamente, honestamente, solicitou
essa representação, porque recebeu um convite pessoal da Ministra, e eu acho
que nada melhor do que nós darmos essa representação ao Ver. Claudio Sebenelo,
pois, realmente, não vejo por que tem que ser uma mulher e não pode ser um
homem para representar esta Casa na posse da Ministra; não está escrito em
lugar nenhum isso.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre
Presidente, eu imaginava que a Casa é que tivesse sido convidada.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Não,
Vereador.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Se a Casa não
foi convidada, a Casa não pode se fazer representar. (Palmas.)
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; eu acho, sinceramente, que esta Casa está perdendo
tempo com essa discussão. É lamentável que seja colocada essa discussão em
Pauta.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Mas ninguém
colocou nada em Pauta! Agora também há os Vereadores que, quando surge um
probleminha desses, vêm aqui para aparecer e dizer que nós não estamos trabalhando.
Mas que diabo!
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Ver. Braz, na condução destes
trabalhos, a minha saudação; meus colegas Vereadores e Vereadoras, estudantes
de Porto Alegre que acompanham esta Sessão, eu quero discutir um Projeto que eu
propus a esta Casa, que acrescenta dispositivos e altera a redação da Lei que
dispõe sobre a política de atendimento aos direitos da criança e do
adolescente, ou seja, eu estou propondo uma profunda modificação na Lei que
rege as eleições do Conselho Tutelar de Porto Alegre.
Eu sei que o meu Projeto é polêmico, eu sei que o
meu Projeto não tem a unanimidade desta Casa, mas eu quero dizer que, na rua, o
que eu ouço todos os dias são apoios e apoios. Sei também que existem vários
Vereadores que estão lendo com atenção o meu Projeto de Lei, as modificações
que eu proponho.
E eu quero, como disse o Ver. João Dib, discutir,
eu quero a sua opinião assim como dos meus 35 colegas sobre este tema, porque
as crianças desta Cidade estão abandonadas. Nós temos exploração sexual de
meninas à luz do dia no Jardim Medianeira; nós temos, ao entardecer e à noite,
visível por qualquer pessoa, na Praça da Alfândega, no Centro da Cidade; nós
temos na Rua Nelson Zang. Há pouco, eu ouvi o Ver. Haroldo, inclusive,
solicitando a poda de árvore em frente ao n.º 80, porque, corretamente o
Vereador sabe que ali a árvore faz sombra à luz, à iluminação, e é exatamente
ali, Ver. Haroldo, que há um ponto de exploração de meninas. Portanto está
correto o seu pedido para fazer poda das árvores. Eu espero que a SMAM não
fique fazendo firulas, porque mais importante do que dois galhos de árvores é a
vida de crianças, de meninas com 13 anos, segundo a FASC, Verª Margarete, que
fazem ponto ali. Não é prostituição; é exploração sexual. A exploração sexual é
crime, só os Conselhos Tutelares é que não vêem. Até lá, na Intercap, o
Conselho Tutelar foi a reuniões e tem mantido algum contato; não é o que
acontece na Micro 5, onde eu mostrei várias vezes o que acontece às 13 horas.
Mas apenas a 8ª Promotoria da Criança e do Adolescente tomou uma atitude, com a
Brigada Militar, e foi até lá. O local fica a 150 passos da sede do Conselho
Tutelar-5 da Vila Cruzeiro-Tronco, e ninguém foi verificar quem é o pai, quem é
a mãe, quem é o responsável por aquelas meninas que têm menos de 18 anos.
O mesmo acontece à noite, por exemplo, na Rua Oscar
Schneider com a Av. Carlos Babosa, na Travessa Marechal Bormann com a Av.
Teresópolis, que acontece freqüentemente na Rua Ten. Ary Tarragô. Não há a
denúncia de uma só pessoa, são várias denunciam isso para mim. Na entrada do
Jardim Leopoldina, a mesma coisa, também na Av. Manoel Elias. E eu poderia,
aqui, Verª Manuela, citar outros tantos e tantos exemplos.
A última eleição do Conselho Tutelar foi uma
vergonha, ônibus parado em porta de igreja para levar as pessoas para votar,
manipulações e várias
intromissões de pessoas que não têm nenhuma relação com o Conselho Tutelar em
suas associações, dando atestados para as pessoas. Isso não pode!
A
Srª Manuela d'Ávila: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli Sell, V. Exª
conhece as divergências que tenho, pontuais, com algumas questões do seu
Projeto. Agora, queria parabenizá-lo por trazer esse debate para dentro da
Câmara de Vereadores. Acho que temos divergências, diversos de nós têm opiniões
distintas sobre como fazer, mas V. Exª conseguiu trazer isso para cá, e agora
nós poderemos transformar uma legislação que já se mostra ultrapassada pela
situação que as nossas crianças e os nossos adolescentes se encontram na
prática. Obrigada.
O
SR. ADELI SELL: Sem
dúvida, vou contar, inclusive, com suas idéias.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, quero dizer que o
pronunciamento de V. Exª é oportuno; a Verª Maria Celeste e eu, no fim do ano
passado, levantamos o problema. Nós precisamos mudar essa história, está muito
mal, não estão dando a atenção necessária, e, se nós queremos fazer uma coisa
boa, temos que discutir.
O
SR. ADELI SELL: Não sou
o dono da verdade - Ver. Braz, vou terminar -, eu quero a colaboração dos
Vereadores, em particular, da minha amiga ex-Conselheira, que entende muito
mais do assunto do que eu, a Verª Maria Celeste, e a Verª Manuela, que já me
mandou algumas contribuições. Eu quero, portanto, nomear as duas Vereadoras
como partícipes importantes nesse processo de discussão.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Os nossos cumprimentos ao nosso amigo Milton Barbosa da Silva, Grão-Mestre Ad
Vitam do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Quero cumprimentá-lo. É uma honra
para esta Casa poder recebê-lo.
Encerrada
a discussão da Pauta.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, assistência desta
Sessão e TVCâmara, venho a esta tribuna para fazer um registro de um debate que
tivemos, ontem, na CEDECONDH - Comissão de Defesa do Consumidor, Cidadania, Direitos
Humanos, Segurança Urbana, Acesso à Terra e à Habitação.
Ontem,
recebemos a comunidade da Vila Dique, Nazaré e o entorno de onde será ampliada
a obra do Aeroporto Salgado Filho, um Projeto que envolve o reassentamento de 2.300
famílias, que, numa primeira etapa, a projeção do alinhamento da obra serão de
510 famílias.
Isso envolveu, a partir do final do ano, Verª
Sofia, nossa Líder, um convênio, uma tratativa que prevê a soma de esforços do
Governo do Estado, do Governo Federal e do Município de Porto Alegre. Os dois
primeiros são responsáveis por levantar os recursos para a aquisição da área, e
o Município é o responsável pelo provimento da infra-estrutura.
O convênio foi firmado nos últimos dias de 2005,
porque prevê a utilização de verbas orçamentárias de recursos da União
referentes ao ano de 2005. No total, somam cerca de dez milhões de reais em
valores atuais.
Nós recebemos uma demanda da Comissão, porque, por
sucessivas vezes, a comunidade procurou o DEMHAB e não teve as respostas que
buscava, até agora. Ao contrário, muitas dúvidas surgiram, muitas dúvidas não
foram esclarecidas, mesmo depois de terem sido marcadas três reuniões e,
inclusive, a marcação de uma vinda à CUTHAB, que também é a Comissão
encarregada de tratar o assunto de habitação e transporte, essa comunidade não
teve o atendimento do seu direito elementar atendido, que é o direito à
informação, porque queriam saber o que iria acontecer com suas vidas, com sua
moradia, com suas casas.
É importante dizer que se fez presente o Secretário
da SEDUH, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação, do
Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e ela tinha as mesmas dúvidas da
comunidade, porque havia sido encaminhada a aquisição de uma área, e, não se
sabe por que cargas-d’água o Município não teve acordo e não deu as explicações
devidas e necessárias para a comunidade e também para o Governo do Estado.
Por isso que nós solicitamos uma reunião, Ver.
Cassiá, com o Prefeito de Porto Alegre, e foi dada a resposta que essa reunião
será amanhã, às 16 horas e 30 minutos, porque precisamos de respostas
concretas.
Como se trata de verba vinculada ao Orçamento de
2005, há prazo, sim, para a execução. E a informação recente que nós obtivemos, no dia de hoje, é que o
Município pode fazer - e o fez - o pedido de prorrogação do prazo por mais 30
dias para a execução do referido convênio.
O
fato é que estamos bastante atrasados. Há uma aflição da comunidade, que é
corroborada pela representação do Governo do Estado, na pessoa do Secretário
Furini, que esteve presente aqui, na audiência do dia de ontem. E, se não forem
tomadas as providências a tempo e em tempo, esse recurso, sim, pode ser
perdido, o que viria em drástico prejuízo a todos interesses do Rio Grande do
Sul e à cidade de Porto Alegre, em especial, porque a ampliação do Aeroporto
Salgado Filho é uma obra estratégica de interesse dos gaúchos e da cidade de
Porto Alegre.
Portanto
fizemos uma audiência e queremos que a CUTHAB seja parceira, que ela também
esteja lá no dia de amanhã, para que a gente tenha, da palavra do Prefeito, as
garantias de que esse dinheiro não será perdido e de que serão feitas as obras
dentro do cronograma previsto pelos termos do convênio assinado no final do ano
passado, entre Governo do Estado, União e Município de Porto Alegre, para essa
importante obra, com as decorrências sociais do assentamento, que significa o
reassentamento de 2.300 famílias, com início, na primeira etapa, de 511
famílias a serem reassentadas lá ao lado do terreno da Fiergs.
Então,
Sr. Presidente, esse é o tema que nós trazemos, porque ele é de alto interesse
da Cidade e é de alto interesse também desta Casa, porque aqui é a Casa do
Povo, assim aquela comunidade acorreu, e nós construímos essa alternativa,
construímos essa posição que devemos assumir por se constituir em
responsabilidade maior dos Governantes da Cidade. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Nereu D'Avila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. NEREU D'AVILA: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhores que nos honram com sua presença, principalmente os jovens da UGES, da
UMESPA, da UEE, que lotam as galerias hoje para assistirem as nossas votações.
Eu estou na tribuna, em
nome do PDT, para deixar claro à população e a todos aqueles que acompanham
agora os pródromos da sucessão estadual em 1.º de outubro, a respeito do que
ocorre no PDT, o nosso Partido. Aliás, até vou falar mais, vou falar também em
nome da Executiva Estadual, da qual sou o tesoureiro-geral. Ocorre que, no ano
passado, quando começaram as instâncias para que o PDT tivesse candidato
próprio, o PDT, desde logo, foi ao encontro do Deputado Federal e ex-Governador
Alceu Collares para que ele fosse o candidato. Sua Excelência resistiu, achando
que já havia colaborado o suficiente, o que de fato fez não só em 82, quando
com a eleição assegurada para Deputado Federal, aceitou a incumbência de,
apenas para mostrar a presença do PDT no tabuleiro político do Rio Grande do
Sul, concorrer a Governador, na época, com o Senador Pedro Simon e o Deputado
Jair Soares, que foi o vencedor.
Pois bem, Collares, em
diversas oportunidades, no fim do ano passado, e até no início deste ano, de
2006, declarava que era melhor que outras pessoas, outros pretendentes, outras
lideranças do PDT fossem candidatos a Governador. Inclusive o Prefeito de Lagoa
Vermelha, Moacir Volpato, lançou-se, percorreu o Rio Grande do Sul todo, pois
desejava ser candidato. Ocorre que, em meados de fevereiro ou março deste ano,
houve uma impressionante manifestação, um apelo praticamente unânime das
lideranças do PDT no Rio Grande do Sul - Deputados Estaduais, Vereadores,
Deputados Federais e integrantes de órgãos de ponta e da Executiva Estadual -,
solicitando ao Deputado Federal Alceu Collares que concorresse. Então, S. Exª
assumiu a sua candidatura ao Governo do Estado, renunciando a uma eleição a
Deputado Federal, em que seria, novamente, um dos mais votados. Aí o PDT, nós,
inclusive, da Executiva Estadual, fizemos diversas instâncias e reuniões, para
que o candidato Moacir Volpato abrisse mão em favor de Collares. Finalmente ele
o fez.
Collares,
no ano passado, numa reunião em Santa Maria, patrocinada e liderada pelos
jovens do PDT, tinha sido aclamado; agora, aqui em Porto Alegre, no mês
passado, março, em memorável reunião na sede do PDT, na Félix da Cunha, foi
aclamado candidato, quando Volpato retirou oficialmente a sua candidatura e
apoiou oficialmente Alceu Collares.
Ocorre que soam boatos e ruídos, a todo o momento,
a respeito de que o PDT entraria na chapa do candidato Rigotto - que é certo
que irá concorrer; na semana que vem, já estaremos com a notícia oficial - como
Vice, nominadas até algumas lideranças do Rio Grande do Sul. Então, nós estamos
na tribuna, aqui e na Assembléia também - o Giovani Cherini na tribuna -, para
dizer que, de maneira nenhuma, que em circunstância alguma, o PDT irá retirar a
sua candidatura ao Governo, ou o próprio Alceu Collares irá renunciar em favor
de alianças daqui, dali, dacolá. Ele relutou e, quando aceitou, o fez em nome
de todo o Partido, que o ungiu e o apontou como candidato. Não seria agora,
então, que, por isto, por aquilo, por interesse de A ou B, uma candidatura
dessas, que, aliás, nas pesquisas está muito bem postada, irá renunciar em
favor de uma provável chapa, quando o Governador sequer ratificou que irá,
finalmente, assumir a sua candidatura à reeleição.
De
modo que queremos ser claros, enfáticos e absolutamente coerentes com o
discurso interna corporis do Partido,
que, como eu disse, vai desde o militante até o presidente regional, passando
por todas as instâncias partidárias e órgãos de ponta. Foi um governo que
construiu, de 1990 a 1994, um dos índices mais altos de desenvolvimento no
Estado, 6,2%, o que jamais depois do Governo Collares foi atingido - os índices
agora estão em cerca de 2,5%. Tudo bem, crise, secas, mas o fato é o seguinte:
ele fez um grande governo e é o candidato oficial do Partido. E, agora em
junho, e mais, agora, no próximo fim de semana, 5 e 6 de maio, estaremos
mobilizados para um grande seminário na sede do Partido, com todas as nossas
lideranças partidárias do Rio Grande do Sul, para, novamente, em seminário,
reafirmarmos já as propostas temáticas e o plano de governo que Collares irá
oferecer, discutindo com a sociedade, brevemente, para as eleições de 1.º de
outubro.
Por
isso vimos à tribuna para afastar, repudiar, qualquer tipo de boato ou de
diz-que-me-diz-que, no sentido de que ele renunciaria ou o PDT ofereceria um
nome para Vice-Governador de outra qualquer candidatura. De maneira nenhuma! A
candidatura Collares veio para ficar, é uma exigência partidária, e, em 1.º de
outubro, os rio-grandenses o consagrarão como o próximo Governador do Rio
Grande. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Não existem mais Bancadas inscritas para
Comunicação de Líder.
O SR. MÁRCIO BINS ELY (Requerimento): Baseado no artigo 94, letra g, eu gostaria de fazer um relato da
minha representação externa ocorrida na última segunda-feira, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Com todo o direito, Ver. Márcio Bins Ely.
V. Exª tem cinco minutos para fazer o relato.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Tempo Especial.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Estimado Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz, por
intermédio de V. Exª gostaria de cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras
desta Casa, público que nos assiste pela TVCâmara, nas galerias, em especial
uma saudação aos estudantes aqui presentes, demais lideranças, Membros do
Conselho Tutelar, hoje aqui representados pelo Conselheiro Sérgio Fraga,
senhoras e senhores, venho a esta tribuna, baseado no artigo 94, letra g, do Regimento desta Casa, prestar um
breve relatório a respeito do evento que participei, na condição de representante
da Câmara de Porto Alegre, que ocorreu em São Paulo, nesta segunda-feira. Esse
evento consistiu em um ato solene de lançamento do Instituto de Estudos dos
Direitos do Contribuinte, que ocorreu na Assembléia Legislativa do Estado de
São Paulo.
Eu gostaria de fazer uma breve reflexão a respeito
desse tema e dizer que me surpreendeu a presença, em São Paulo, do Presidente
da Confederação Mundial de Associações de Defesa de Contribuintes, que hoje
congrega 50 entidades em
mais de 40 países em todo o mundo.
A
verdade, senhoras e senhores, é que todos nós somos contribuintes, mas a grande
maioria sequer sabe para qual instância está contribuindo e com que imposto,
seja ele municipal, estadual ou federal. O cidadão desconhece as tributações
que lhe são aplicadas, e, muitas vezes, infelizmente, as contribuições que o
povo, que os trabalhadores, que as empresas, enfim, oferecem ao Governo não lhe
são retribuídas pelos devidos serviços que lhes são de direito e que são
obrigação do Estado. Isso ocorre, fundamentalmente, também aqui no nosso País.
Hoje
nós sabemos que, apesar da forte carga tributária que é aplicada em todas as
instâncias, seja por meio do Imposto de Renda, do ICMS, do IPTU, do IPVA,
enfim, de todas as tributações que incidem sobre os combustíveis, sobre a
telefonia, infelizmente as pessoas têm de se socorrer, por exemplo, de planos
de saúde! Têm de se socorrer de empresas próprias para a segurança! E as
contribuições que são feitas para o desenvolvimento da sociedade, na área de
Transporte, de Educação, enfim, infelizmente estão-se esvaindo, às vezes, por
corrupção, como nós temos visto; às vezes, por incompetência. Na maioria das
vezes, infelizmente, a tributação é muito alta.
Então,
participamos desse ato solene de fundação desse Instituto de Estudos dos
Direitos do Contribuinte, porque realmente percebemos que aqui, no nosso País,
existe uma grande dificuldade de se reduzirem alíquotas a respeito dos
tributos, que, cada vez mais, são impostos à população brasileira, à população
gaúcha e, em especial, à população porto-alegrense.
Então,
eu gostaria de dizer que a oportunidade foi muito bem-vinda.
Além
de destacar a presença do Presidente da Confederação Mundial de Associações de
Defesa dos Contribuintes, destaco também a presidência exercida pelo Dr. Édison
Freitas de Siqueira, que é um advogado aqui de Porto Alegre e que está à frente
do Instituto de Estudos dos Direitos do Contribuinte, um instituto que promete
trazer alternativas, oferecer soluções e idéias, para que se possa trabalhar
pela busca de uma harmonia, de uma flexibilização, e que o País possa crescer
sem que a população seja esmagada por tributos, por alíquotas, por impostos que
venham a prejudicar o seu desenvolvimento, ao invés de, na realidade, tudo isso
que está sendo arrecadado retornar à população através de serviços prestados,
pois nas áreas mais importantes e mais vitais que nós conhecemos na nossa
sociedade - Habitação, Saúde, Educação, Segurança -, não estamos tendo o
retorno que deveria ser obrigação por tudo aquilo que é imposto à população
através das altas taxas, das altas cobranças, das bitributações que ocorrem em
função dos inúmeros impostos das mais diversas esferas, sejam nacionais,
estaduais, municipais, diretamente à pessoa física ou à pessoa jurídica.
Então, a nossa contribuição foi através da
participação, do reconhecimento a esse Instituto que tem, digamos assim, o seu
corpo funcional estruturado aqui na Capital, em Porto Alegre, criado por
pessoas estudiosas aqui da nossa Capital. Na ponta, está o Presidente, Dr.
Édison Freitas de Siqueira, a quem registro os nossos reconhecimentos pelo
esforço na luta por um tema tão importante, que é o fato de que todos nós
contribuímos, todos nós somos contribuintes, mas a contrapartida, infelizmente
e fundamentalmente, aqui no Brasil, tem sido muito aquém daquilo que a
população tem sido onerada tanto pelo Governo Federal, Estadual como Municipal.
Temos que melhorar muito, e trago este debate ao Legislativo da Capital. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Seja
muito bem-vindo a esta Casa, nosso amigo, Ver. Jorge Drumm, de Gramado, do
PSDB. É um prazer poder recebê-lo aqui, Ver. Jorge Drumm.
O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna para fazer um pronunciamento
em defesa do Monumento ao Laçador. Vejo as autoridades tradicionalistas aqui
presentes; não vou declinar nomes, porque a assessoria ainda não me trouxe a
relação de todos, e tenho medo de omitir nomes de autoridades importantes que
certamente estão aqui.
Nós,
Vereadores - já dissemos aqui em outra oportunidade -, não podemos admitir, não
podemos concordar, não podemos silenciar no sentido de que o Executivo faça a
mudança do local onde está hoje instalado o Monumento ao Laçador, sem que a
discussão passe por esta Casa, que representa toda a sociedade porto-alegrense,
independente de ouvir - e devem ouvir, sim - o Movimento Tradicionalista. Mas
assim como devem ouvir o Movimento Tradicionalista e atender às suas
expectativas, devem também ouvir esta Casa, porque ela representa o povo de
Porto Alegre, e o Monumento ao Laçador representa, acima de tudo, essa cultura
grandiosa, essa cultura que nos engrandece nacionalmente.
Hoje,
todos sabemos o quanto significa para o Brasil a cultura tradicionalista dos
gaúchos, a nossa cultura e as nossas tradições, que nós amamos e defendemos
diuturnamente. Agora, ver o Executivo pretender transferir o Monumento ao
Laçador do local onde está, ainda que seja para um local melhor - porque não
sabemos como será e onde será -, não achamos justo que essa decisão passe longe
desta Casa, que essa decisão não venha para discussão. E é por isso que, outro
dia, fizemos um pedido, aqui nesta Casa, protocolado por vários Vereadores, por
intermédio do qual nós pretendemos, queremos e exigimos, Sr. Presidente, que a
discussão da mudança do local do Monumento ao Laçador passe também por esta
Casa. Não se pode transferir o Monumento ao Laçador, que representa toda a
nossa cultura, o homem do campo, enfim, as tradições do Rio Grande, sem que uma
discussão passe por esta Casa, da Capital dos gaúchos, porque, aqui na Capital,
está o Monumento ao Laçador; é um dos monumentos mais conhecidos do Brasil; se
não me falha a memória, é o quarto monumento mais conhecido do Brasil, e nós,
como gaúchos e defensores da nossa cultura tradicionalista, não podemos
silenciar, e fazemos novamente um apelo, para que o Executivo venha a esta Casa
discutir com a Câmara de Vereadores sobre um local apropriado, um local de
consenso, para que se instale, sim, o Monumento ao Laçador.
Sabemos
da necessidade que há de se alterar o local em razão de um Projeto, mas nós
defendemos que a escolha desse local deve partir também de uma discussão da
Câmara Municipal. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Valdir Caetano assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano):
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Ver.
Valdir Caetano, presidindo os trabalhos neste instante; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, quero aproveitar a oportunidade para cumprimentar todos aqueles que
vieram visitar esta Casa e prestigiar esta Sessão, e dizer que, hoje pela
manhã, Ver. Claudio Sebenelo, eu estive no Hospital de Clínicas, na sala 160,
assistindo a defesa, de forma brilhante, da Tese do chefe do Ambulatório da
Câmara Municipal, o Dr. Marcos Ferreira, a respeito do câncer da próstata,
diante de uma banca formada pelos melhores Urologistas do Brasil.
O
Dr. Marcos Ferreira recebeu nota “A” dos três integrantes da banca e do seu
professor-orientador, que deu “A”, exatamente numa condição de unanimidade e
com louvor, se transformando, então, o Dr. Marcos Ferreira, que já era um
Doutor reconhecido na área de Urologia, em uma pessoa de renome, agora, nesta
investigação do câncer da próstata, e, mais ainda, Ver. Sebenelo, como a
primeira tese do gênero - de acordo com os médicos e professores que estavam
presentes e pelas opiniões que foram emitidas na hora -, que foi defendida por
um médico aqui, na Região Sul.
Então,
queremos cumprimentar o Dr. Marcos Ferreira, que nos abrilhanta aqui com a sua
assistência médica e com a sua orientação no Ambulatório da Casa, pela
brilhante participação hoje, oferecendo e defendendo a sua Tese, diante dessa
banca.
Ver.
Claudio Sebenelo, no ano de 1998, quando presidimos a Câmara Municipal, a Dra.
Ellen Gracie Northfleet era juíza no Tribunal Federal da 4ª Região, em Porto
Alegre, e nós estabelecemos, naquela época, uma excelente relação com a juíza.
Esta Casa viveu, em 1998, uma relação muito próxima com o nosso Tribunal
Federal. Nós nem adivinhávamos, naquela época, que a Dra. Ellen Gracie
Northfleet seria chamada para integrar o Supremo Tribunal Federal. Isso acabou
acontecendo. Para gáudio de todos nós, gaúchos, a juíza Ellen acabou indo para
a Brasília e integrando o Supremo Tribunal Federal. E agora, com a saída do
Ministro Jobim, a Ministra Ellen vai assumir o cargo mais alto na Magistratura
nacional, que é exatamente a Presidência do Supremo Tribunal Federal.
É
claro que o Supremo Tribunal Federal não convidou todas as Câmaras Municipais
do Brasil para irem àquele Ato; seria impossível receber representações de
todos os Municípios brasileiros para chegar até lá, mas eu tenho certeza
absoluta de que a Ministra Ellen, Presidente do Supremo Tribunal Federal a
partir de amanhã, vai-se sentir extremamente honrada com uma representação da
Câmara Municipal de Porto Alegre. Ela sempre demonstrou muita afinidade, muito
amor, Ver. João Antonio Dib, pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Ela teve,
enquanto foi juíza do Tribunal Federal da 4ª Região, realmente, sempre a maior
consideração para com a nossa Câmara.
Então,
eu vou encarecer, aqui, pelo meu amigo, meu companheiro, Ver. Claudio Sebenelo,
o seu comparecimento à posse da Ministra Ellen Gracie Northfleet, amanhã, até
pela amizade que o Vereador tem com a Ministra - e mesmo porque ele já tem o
convite -, solicitando que esta Casa que lhe dê a representação da Câmara
Municipal no Evento.
Eu
já vi Vereadores representarem Câmara na África do Sul, sem que a Câmara
tivesse designado alguém; apenas alguém escolheu; na Europa, muitas vezes; na
China, a Câmara já esteve representada. Quantas vezes esta Câmara esteve
representada em várias regiões do mundo, sem que houvesse nenhuma reunião
especial da Mesa da Câmara Municipal de Porto Alegre para designar um
representante?
E
agora, acho que não podemos fazer essa grosseria com o Ver. Claudio Sebenelo,
arrancando dele, na última hora, no último momento, no último minuto, a sua
condição de representar esta Câmara Municipal na posse da Ministra Ellen Gracie
Northfleet.
Sei
que o Ver. Sebenelo já se manifestou e já disse que quer devolver a passagem
para a Câmara Municipal, porque ele vai de qualquer forma, vai às suas
expensas, mas eu encareceria o pedido, para que o Ver. Claudio Sebenelo vá à
posse da Ministra e que represente esta Casa, porque a Casa estará muito bem representada
com a presença do Ver. Sebenelo falando em nome de todos nós. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público que nos assiste, principalmente os jovens que vêm em peso,
aqui, para acompanhar a votação da retomada da meia-entrada em eventos
culturais na cidade de Porto Alegre, e vêm, legitimamente, fazer as suas
reivindicações para o aperfeiçoamento do Projeto, a fim de que cheguemos a uma
boa negociação.
A
nossa homenagem, também, aos tradicionalistas presentes, que vêm acompanhar a
votação do Projeto do Ver. Ismael Heinen, que tem o nosso apoio, e que,
certamente, será aprovado nesta tarde.
Quero,
em primeiro lugar, registrar, aqui, Verª Neuza Canabarro, a minha indignação
como Vereador militante do PCdoB, glorioso Partido Comunista do Brasil, pelas ameaças
de morte que a nossa Verª Manuela d’Ávila recebeu pelo telefone, por intermédio
de seus familiares; queriam “apagá-la” se ela continuasse a sua luta, porque
eles não queriam aceitar que as bandeiras que ela defende tremulem neste País.
Neste sentido, eu quero registrar - e aqui me fala
a Verª Margarete, o Ver. Todeschini - a indignação da Bancada do Partido dos
Trabalhadores. E queria registrar e agradecer também a manifestação que o Ver.
Dib já fez anteriormente, trazendo a solidariedade do PP a essa ameaça que a
nossa camarada Manuela vem sofrendo.
Quero dizer que não é da feição dos comunistas
acovardarem-se ou se assustarem com ameaças, mas lamentamos que a democracia,
neste País, ainda seja deslustrada por meliantes, por terroristas de direita,
que pretendem, com isso, calar a voz daqueles que, há 84 anos, lutam pelo socialismo,
lutam pela democracia, lutam pelos direitos dos trabalhadores e lutam por um
Brasil soberano.
Isso posto, nós queríamos, também, registrar o
grande acontecimento que ocorreu na noite de ontem, nesta Casa, que foi uma
Sessão Solene, presidida pela Verª Margarete, primeira Presidenta desta Casa,
onde as Centrais Sindicais - CUT, Força Sindical, CAT - aqui compareceram para
comemorar o 1.º de Maio, comemorar a luta dos trabalhadores, comemorar as
vitórias conquistadas. E é bom lembrar que este ano estamos comemorando 120
anos exatos do Massacre de Chicago, que deu origem, em 1886, ao 1.º de Maio.
Também foram homenageados pelo Ver. Comassetto,
aqui, o atual Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, o Sr. Claudir Nespolo;
e o Sitramico - Sindicato dos
Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo -, por uma
proposta deste Vereador, em nome da Bancada. Foi um acontecimento magno, um
grande debate, com a Casa cheia, homenageando a luta dos trabalhadores.
E eu registraria, Ver. Pinto, que, naquela ocasião,
falamos sobre a decisão do Governo Lula, que será anunciada, em 1º de maio, de
legalizar as Centrais Sindicais neste País. E isso é algo histórico, porque foi
dado, Verª Neuza, o direito às Centrais Sindicais; a estrutura sindical da CLT
inexiste; a ditadura barrou sua existência de fato.
Será no Governo desse trabalhador, desse
metalúrgico que as Centrais terão cidadania. Mas, mais do que isso, também, a
proposta de ratificação da Convenção 151 dará o direito de greve ao
funcionalismo público, dará o direito de organização sindical ao funcionalismo
público. Sem dúvida, são avanços extremamente importantes que estão ocorrendo.
Por fim - vou concluir rapidamente -, é importante
anunciar as medidas que o Governo Lula trouxe em relação aos Municípios,
aumentando, Ver. Valdir, em 1% o Fundo de Participação dos Municípios,
ampliando os repasses na merenda escolar e lançando um programa de
financiamentos de máquinas, pelo BNDES.
Apesar das dificuldades, as coisas se movem, o
Brasil entra num rumo de progresso, de desenvolvimento e de avanço. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; meu caro Ver. Luiz
Braz, eu quero dizer a V. Exª que eu nunca faço grosserias nem nunca retribuo
as que me foram feitas reiteradas vezes. Nem isso eu faço. Portanto, o fato de
eu reclamar é que eu pensei que a Câmara tivesse sido convidada para a posse da
Ministra. Mas a Câmara não foi convidada. Eu entendo que quem tem um serviço de
relações públicas e um serviço de protocolo, se quisesse, teria convidado a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Mas esse não é o meu assunto.
O petróleo é nosso, a Petrobras é nossa, ou será
que não é nossa? A Petrobras, com 27 bilhões de reais de lucro, com 36 milhões
de reais de publicidade, para dizer que nós somos auto-suficientes em petróleo,
será que é nossa essa Petrobras?
A Petrobras do Chavez vende a gasolina para os venezuelanos por 70
centavos de real, mas tem uma diferença: a gasolina deles tem 80 octanas. Eu
não sei se alguns Vereadores mais jovens já usaram, em seus veículos, gasolina
de 80 octanas, que já teve neste País e custa 70 centavos de real. Na Argentina
também, 90 octanas, 1 real e 35 centavos.
Então,
em vez de fazer publicidade daquilo que o País construiu ao longo de mais de
cinco décadas, ele deveria dar ao povo um pouco daquilo que ele pretende que
seja dele. A Petrobras podia nos dar gasolina mais barata; o Governo podia nos
dar gasolina mais barata, e gasolina de excelente qualidade, que não estraga os
motores dos automóveis da forma que a nossa gasolina estraga.
Talvez
a Varig pagasse menos pelo combustível e não estaria na situação em que está
hoje; quem sabe se o Governo, que deve, sem dúvida nenhuma, 4 bilhões e meio de reais para a
Varig, desse um bilhão e meio desses 4 bilhões, descontasse 3 bilhões naquilo que a Varig lhe deve também, e
fizesse um Refis, como está sendo feito em todo o País, e nós teríamos a Varig,
sim, que é nossa. A Varig levou o nome do Brasil, muito antes da Petrobras e de
outros tantos, pelo mundo. A Varig foi embaixada brasileira em muitas cidades.
Então, quem sabe o nosso Presidente da República pudesse fazer um outro
discurso diferente, nos fornecer gasolina mais barata, de melhor qualidade? Não
por quatro vezes a do amigo dele, Hugo Chavez; quatro vezes! Duas vezes o preço
aqui do Presidente Argentino. Eu acho que nós poderíamos ter mais sorte com isso aí.
E
quero, Sr. Presidente, encerrar o meu pronunciamento - já que, quando falei em
Pauta, levantei o problema da minha amiga Manuela, uma moça que eu respeito
profundamente pelas suas convicções -, com uma frase de um líder católico muito
respeitado neste País, que foi Tristão de Athayde, ou seja, Alceu de Amoroso
Lima. Ele disse que a democracia é o regime de convivência e não de exclusão,
baseia-se na liberdade como meio de chegar à ordem. Eu não entendo como podem
ameaçar outra pessoa pelas suas convicções. É não ter convicção nenhuma,
é não ser sério, é não ser digno, é não ser correto. E ameaçar anonimamente é
ser covarde. Saúde e PAZ! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): O Ver. Cassiá
Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Ver. Valdir Caetano; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores; senhoras e senhores; a essa juventude maravilhosa que está aqui
presente a minha saudação.
Primeiro, quero fazer
um alerta - aproveitando a presença do Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart, neste
plenário -, de que ontem, na Comissão de Direitos Humanos e Defesa do
Consumidor, com o objetivo de ajudar, fiquei preocupado, porque há acúmulos de
assuntos em outras Comissões, embora eu saiba que o assunto pode ser tratado,
Sr. Presidente, nas duas Comissões desta Casa: na Comissão de Direitos Humanos
e Defesa do Consumidor e na CUTHAB.
O que me preocupou é
que os assuntos estão se confrontando, muitas vezes, até porque ouvi do próprio
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor que as outras
Comissões não estão recebendo o cidadão de Porto Alegre. Se isso é verdade, me
preocupa, porque esta Casa não pode fechar nenhuma de suas portas para o
cidadão de Porto Alegre.
Portanto faço um
alerta, até porque, ontem, na segunda Pauta da Comissão de Direitos Humanos e
Defesa do Consumidor - peço que se faça uma triagem -, havia assuntos de áreas
particulares; portanto o DEMHAB não poderia estar presente, porque não se tratava
de uma área pública, Ver. João Dib; era uma questão particular que já está no
Ministério Público.
Temos que ter muito
cuidado, sob pena de prejudicarmos o andamento das Comissões desta Casa,
começando por tirar de uma para levar para a outra ou entrando em choque, embora nós
saibamos que o objetivo é bom, que o objetivo é o mesmo e que vai beneficiar a
comunidade, mas sabe-se que isso pode atrapalhar o andamento do processo.
Mesmo assim, fico satisfeito, até porque suscitei o
assunto de que já há um convite para uma Comissão, em conjunto com a CUTHAB e a
Comissão de Direitos Humanos, e eu ouvi do Presidente Todeschini que, amanhã, o
Prefeito José Fogaça vai receber as duas Comissões, para falar sobre a questão
das áreas das vilas Dique e Nazaré, que é um processo da União, do Estado, do
Município e da Caixa Econômica Federal.
Eu estou encaminhando à apreciação deste Plenário,
Verª Neuza Canabarro, uma Moção de Repúdio ao INSS, pelo tratamento dado aos
aposentados e pensionistas pelo Brasil afora. É inadmissível que um País que se
diz, Ver. João Dib, auto-suficiente em petróleo, com superávit primário no
Orçamento da União, que acertou recentemente com o Fundo Monetário
Internacional, coisa que até a esquerda não queria - era crítica esse acerto
com o Fundo Monetário Internacional - e, agora, aceita, mas sacrifica o seu
cidadão, quando, na nossa agricultura, o arroz está 16 reais, quando, na
realidade, poderia estar 24 ou 26 reais, e há importação de arroz da Argentina
e do Uruguai.
Outra questão muito importante é a da Habitação,
que nós tratamos aqui. Antes, para muitos do PT aqui do Rio Grande, a questão
habitacional era questão nacional. Hoje, portanto, nós queremos que o Governo
Federal assuma a responsabilidade de tratar da questão habitacional no País
como uma questão prioritária. Assim como a questão da Saúde, da Segurança - que
também tem aí a presença da União - e a questão da Agricultura e da Educação.
Hoje, caros jovens, a UNESCO está dizendo que o
País está muito atrasado na questão da Educação; tem que avançar no sistema de
Educação.
Que País é este, Ver. João Dib, que diz que tem
superávit primário, acerta com o Fundo Monetário Internacional, tem a questão
da Petrobras, de auto-suficiência, mas não baixa o preço do petróleo aqui
dentro e nem favorece os jovens, os idosos, a Agricultura, a Saúde, a
Segurança? Que País é este?! Que País é este que trata mal os idosos, os
aposentados e os pensionistas? Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
Havia o conceito de que
autonomia eram 12 milhas, mas havia um estudo geológico da Petrobras, da
inteligência nacional da época, indícios possíveis e prováveis de que o nosso
petróleo estaria além das 12 milhas, que estaria em torno das 150 milhas após o
limite territorial, e foi decretado, naquela época, no dia 25 de março de 1970,
por S. Ex.ª o Presidente Garrastazu Médici, o limite das 200 milhas do mar
territorial brasileiro. E hoje, mais de 90% do petróleo vem justamente desses
campos localizados em torno das 150 milhas. Do campo de Campos, descoberto na
década de 70, vem 85% do petróleo! Quer dizer, a conquista da auto-suficiência
de um tipo de petróleo se deve a uma sucessão de governos como nós falamos na
última vez.
Mas eu queria falar, neste momento, a respeito do
que foi noticiado; é uma notícia grave à nossa democracia. E eu quero, em nome
do Partido da Frente Liberal, trazer a nossa solidariedade à colega Vereadora
do Partido Comunista do Brasil, Manuela d’Ávila; agora, trazê-la de uma forma
contundente, Sr. Presidente, pois não podemos ficar apenas no registro do fato,
não podemos ficar apenas restritos ao ato de dizer que estamos pedindo auxílio
de A, B, C ou D. Eu acho que não! Pela própria salvaguarda da democracia da
Nova República, têm de ser buscados os fatos verídicos às últimas
conseqüências! Quebrem-se os sigilos que forem necessários, para detectarmos
quem quer que seja que está fazendo esse desserviço à Nação brasileira, fazendo
ameaças que não têm nada a ver com a postura do povo brasileiro!
Então, a minha
solidariedade à colega Manuela d’Ávila. Mas também peço, veementemente, que
esta Casa, que as autoridades competentes busquem todos os recursos
necessários; que não seja por falta de tempo nem nada; que busquemos essas
pessoas que ameaçam os preceitos da democracia, porque a democracia eles não
estão ameaçando de maneira nenhuma, porque essa está na alma do povo brasileiro
como sempre esteve.
Portanto,
Verª Manuela d’Ávila, tens deste Vereador do Partido da Frente Liberal a total
solidariedade contra esse ato insano, que só pode estar sendo feito por pessoas
insanas. No momento em que vivemos a construção da democratização brasileira, é
um absurdo termos notícias como essas, veiculadas via jornal, cometidas contra
V. Exª
A nossa solidariedade e um pedido de providências
eficazes, para buscarmos a fonte dessa pessoa que está fazendo esse desserviço.
O que podemos dizer? Salve a democracia! E vamos expurgar aqueles que em nada
contribuem com ela. Muito obrigado.
(Revisado
pelo orador.)
(O Ver.
Luiz Braz reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Havendo quórum, passamos à
Existe um acordo entre as Lideranças da Casa, para
que nós tenhamos uma ordem diferente de apreciação dos Projetos dentro da Ordem
do Dia.
Votação o bloco dos seguintes Requerimentos:
070/06, 068/06, 263/05, 074/06, 058/06, Requerimento s/nº de autoria da
CEDECONDH, 073/06, 075/06, 077/06. Logo após: PLL nº 039/05, PLCL nº 037/05,
PLL nº 084/03, PLL nº 201/04, PLL nº 025/05, PELO nº 005/05, PLL nº 270/05, PLL
nº 273/05, PLL nº 312/05, PR nº 153/05, PR nº 022/06, PR nº 033/06, PLL nº
016/05, PLL nº 143/05.
Em
votação o Requerimento, de autoria das Lideranças da Casa, solicitando a
inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Questão de Ordem): Sr. Presidente, tenho dúvida
se tenho a mesma ordem que V. Exª colocou em votação.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu tenho aqui
o bloco de Requerimentos, para que nós possamos retirar todos eles para
aprovação; temos, depois, o Projeto que nós estávamos discutindo na última
Sessão, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que é sobre o Parque Temático
Tradicionalista.
Logo após esses, nós teríamos aquela renovação de
votação do Projeto de minha autoria, e, logo em seguida, seria o Projeto da
meia-entrada, do Ver. Raul Carrion; e seguem os demais.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada; é
que eu não tenho essa redação final.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Nós temos
aqui; acabamos de receber esta ordem, Vereadora. Ver. João Dib, por favor.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Eu
solicitaria a V. Exª que, na votação dos Requerimentos, fosse destacado o
Requerimento de nº 068/06, e eu já vou dizer o porquê, para que não haja problema. A Câmara não pode votar um
fato que já não existe, não aconteceu da forma que aqui está proposta, é
intempestivo.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Então, ele
não será votado entre os outros, entre aqueles sobre os quais há acordos de
todas as Lideranças da Casa. Ele será votado à parte, já que V. Exª manifestou
esse desejo pelo destaque.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N. 070/06 – (Proc.
N. 1919/06 – Ver. Professor Garcia) – requer que o Período de Comunicações, no dia 29 de
junho de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do 100º aniversário da
Escola Técnica Estadual Parobé. (incluído em 17-04-06)
REQ.
N. 263/05 (Proc. N. 7019/05 - Ver.
Adeli Sell) – requer Moção de Apoio à luta das
entidades sindicais e representativas dos bancários pela prorrogação por um ano
da cláusula de garantia de emprego aos funcionários do Banespa, Santander,
Santander Brasil e Meridional.
(incluído em 07-12-05)
REQ.
N. 074/06 – (Proc. N. 2062/06 – Ver. Ervino Besson) – requer Moção de Solidariedade à Polícia
Civil do Estado do Rio Grande do Sul, especialmente ao delegado Ranolfo Vieira
Júnior e sua equipe, pela captura do foragido conhecido como “Seco”. (incluído
em 20-04-06)
REQ. N. 069/06 – (Proc. N. 1913/06 –
Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana –
CEDECONDH) – requer Moção de Apoio ao Anteprojeto de Lei de Estrangeiros. (incluído
em 12-04-06)
REQ. N. 058/06 – (Proc. N. 1598/06 –
Ver.ª Manuela d'Ávila) – requer Moção de Solidariedade ao rapper MV Bill e
ao Sr. Celso Atahyde, pela produção do documentário e livro “Falcão: Meninos do
Tráfico”. (incluído em 03-04-06)
REQ. s/n. – (Proc. N. 0817/02 – Comissão
de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana – CEDECONDH) – requer a indicação das funcionárias
Carmem Lopes, como titular, e Simoni Bampi, como suplente, na representação
deste Legislativo junto ao Conselho Municipal de Assistência Social de Porto
Alegre – CMAS. (incluído em 26-04-06)
REQ. N. 073/06 – (Proc. N. 2052/06 – Ver.
Elói Guimarães) – requer que o período de Comunicações, no dia 04 de
maio de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do 30º aniversário da
Procuradoria-Geral do Município de Porto Alegre. (incluído em 26-04-06)
REQ. N. 075/06 – (Proc. N. 2094/06 –
Vereadores Raul Carrion e Manuela d'Ávila) – requerem Moção de Solidariedade à
VARIG e aos seus funcionários. (incluído em 26-04-06)
REQ. N. 077/06 – (Proc. N. 2135/06 – Ver.
João Bosco Vaz) – requer que o período de Comunicações, no dia 08 de
maio de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do Dia do Contabilista.
(incluído em 26-04-06)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o
bloco dos seguintes Requerimentos: Requerimento nº 070/06; Requerimento nº
263/05; Requerimento n° 074/06, Requerimento n° 069/06, Requerimento n° 058/06,
Requerimento s/n.º de autoria da CEDECONDH; Requerimento n.º 073/06,
Requerimento n.º 075/06 e Requerimento n.º 077/06. A Verª Manuela d’Ávila está
com a palavra para encaminhar a votação do bloco de Requerimentos.
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, todos os que nos
assistem, principalmente os jovens da nossa Cidade que vêm a esta Câmara, e nós
sabemos que, infelizmente, a prática de vir à Câmara e conhecê-la ainda não é
uma prática comum.
Eu pedi para encaminhar a votação desse bloco de
Requerimento em função de uma Moção de Solidariedade, de minha autoria, ao rapper
MV Bill e ao produtor Celso Athayde, pela produção do filme e do livro
“Falcão: Meninos do Tráfico”. E eu vim falar, Ver. João Antonio Dib, porque
acho importante destacar que nós estamos sendo solidários, a nossa Câmara.
Quando aprovarmos essa Moção ao Bill e ao Athayde, nós vamos estar
sendo solidários não aos 16 jovens que gravaram aquele filme e morreram, mas
aos 30 mil jovens que morrem neste País, vítimas do narcotráfico ou das outras influências, como o tráfico de
armas, que fazem parte do narcotráfico no nosso País; aos 30 mil soldados
invisíveis que morrem todos os anos e que não aparecem na televisão; nós vamos
estar fazendo a nossa homenagem, Verª Mônica Leal, aos dois jovens que morreram
nesse domingo, na Lomba do Pinheiro, cuja única homenagem que tiveram foi uma
nota de dois centímetros em um jornal, enquanto vemos outro jovem, de outra
classe social, morrer e ganhar a capa do mesmo jornal.
É
essa a solidariedade, tenho convicção, que o Bill e o Athayde querem desta
Câmara de Vereadores. A solidariedade de quem entende o Falcão, o filme que
eles criaram, produziram dentro do seu processo histórico, dentro das
periferias deste País, na luta para mudar profundamente a realidade em que a
maior parte dos jovens do nosso País permanece vivendo e que, para muitos,
infelizmente, passou a ser conhecida só a partir da exibição daquele belíssimo
e tristíssimo documentário que nós todos pudemos assistir na televisão. Muito
obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para encaminhar a votação do bloco de
Requerimentos.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr.
Presidente, é rápido, só o Requerimento nº 068/06 dos Vereadores Raul Carrion e
Manuela d'Ávila: Moção de Solidariedade
aos trabalhadores do Banco Santander Banespa pela imposição de trabalho
durante a Sexta-Feira Santa, Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa. E o
Requerimento nº 074/06, em que diz, aqui, o meu querido Ver. Ervino Besson:
requer Moção de Solidariedade à Polícia Civil, especialmente ao Delegado
Ranolfo Vieira Júnior e sua equipe, pela captura do foragido conhecido como
Seco. Mas delegado de polícia é para isso, não é, Ver. Ervino? Se cada vez que
prenderem um bandido, mandarmos uma Moção de Solidariedade para lá... Bom, como
eles prendem muito pouco, até justifica mesmo a solidariedade! Obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Em votação o bloco de Requerimentos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N. 068/06 – (Proc. N. 1903/06 –
Vereadores Raul Carrion, Manuela d'Ávila e outros) – requerem Moção de Solidariedade aos
trabalhadores do Banco Santander Banespa pela imposição de trabalho durante a
sexta-feira santa, sábado e domingo de Páscoa. (incluído em 12-04-06)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Em votação o Requerimento nº 068/06, de autoria do Ver. Raul Carrion, Verª
Manuela d'Ávila e outros. O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 068/06.
O
SR. RAUL CARRION: Excelentíssimo
Ver. Luiz Braz, demais Vereadores e Vereadores, meu encaminhamento - eu
compreendo até o Destaque do
Ver. Dib - é para justificar por que é necessário, no meu entendimento, que a
gente aprove essa Moção.
Na
verdade, essa Moção se referia a um caso pontual, que era o fato de o Banco
Santander obrigar os seus funcionários, num primeiro momento, a trabalharem na
Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa, Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa.
Em função disso, os bancários aqui estiveram, fizemos uma Moção que contou com
mais de 30 assinaturas dos Vereadores e, infelizmente, não conseguimos votar
antes dos feriados da Páscoa. Os bancários nos consultaram, e nós dissemos que
não havia sido possível votar, mas demos uma cópia a eles do documento com as
assinaturas da maioria absoluta dos Vereadores, e, certamente, eles a
utilizaram, inclusive para mostrar
que tinham o apoio dos Vereadores na sua demanda.
A
partir daí, houve, em outras negociações, um recuo do Santander, que só exigiu
o trabalho no sábado. Agora, imagine, o bancário não pôde viajar para visitar a
sua família, Ver. Brasinha, porque, apesar de não trabalhar na quinta-feira e
na sexta-feira, teve de estar em Porto Alegre no sábado. Então, como isso, e a
própria Moção diz: “vem-se sucedendo nos feriados, vem-se
sucedendo nos domingos, tirando esse direito dos trabalhadores ao descanso, e,
só na excepcionalidade, trabalhar num domingo”.
Essa
Moção, Ver. Dib, continua tendo um valor político muito importante, e toda
moção tem um valor político. Por outro lado, a Casa estará honrando um
documento, uma Moção assinada por trinta e tantos Vereadores.
Portanto,
Ver. Cassiá, eu queria que V. Exª, que assinou, entenda que é muito ruim,
agora, uma Moção que foi assinada por mais de 30 Vereadores, de apoio aos
bancários, que vieram aqui pedir esse apoio, seja derrotada. Não tem como!
Então, eu creio que, ainda que o Ver. Dib pudesse ter uma justeza técnica no
aspecto formal, no aspecto do conteúdo, impõe-se que esta Casa mantenha a
aprovação da Moção, já manifestada pela maioria dos Vereadores.
Certamente,
com a Moção oficializada, essa servirá para o Sindicato dos Bancários continuar
as negociações e obter um tratamento, digamos, mais adequado para os seus dias
de descanso. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 068/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não tenho
procuração para defender o Banco Santander, mas tenho a obrigação moral e ética
de defender a Casa do Povo de Porto Alegre. Eu não posso permitir que o Banco
Santander responda para esta Casa: “Mas os senhores são desinformados”. Quando
da realização da Tribuna Popular, que o ex-Vereador Bacelo fez o seu
pronunciamento, o Santander estava realmente querendo trabalhar nos três dias;
em seguida, não eram mais três dias, era um dia só, e nem sei se trabalharam
nesse dia. Então, a Casa, duas, três semanas depois, vai-se manifestar contra
um fato que não ocorreu? Quer dizer, nós temos de ter responsabilidade, pois,
de repente, eles dizem: “Aqueles Vereadores não sabem nem olhar as datas, são
analfabetos, são incompetentes, são alienados”, porque, no momento em que a
Moção foi apresentada, levou a minha assinatura.
Eu
fui criado em Caxias, e a Sexta-Feira Santa era mais feriado do que o resto do
ano; até aqueles que jogavam cartas o dia inteiro saiam à rua para ver a
procissão passar. Portanto eu não poderia aceitar que alguém fosse obrigado,
num feriado nacional, Sexta-Feira Santa, a trabalhar. Eu não aceitaria isso,
mas fazer essa proposição ser votada muito depois?! E não aconteceu o que está
aqui pedido que não aconteça! Eu acho que a Casa vai votar muito mal. De
qualquer forma, eu não obrigo ninguém a fazer nada; eu tenho a minha
consciência e o senso da responsabilidade que tenho sobre a Casa do Povo de
Porto Alegre. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. João Dib e endossada pelo Ver. Haroldo de
Souza, o Requerimento n.° 068/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 17 votos SIM, 8 votos NÃO e 2 ABSTENÇÕES.
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Declaração de Voto. Peço que
V. Exª faça a leitura da sua Declaração de Voto.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: (Lê.) “Votei
contra a proposição do Ver. Raul Carrion por não ter sido ouvido o outro lado,
em que pesem as minhas restrições pessoais ao tipo de serviço, ou desserviço,
que atualmente os bancos prestam aos brasileiros”.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 0878/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 039/05, de autoria do Ver. José Ismael
Heinen, que cria o Parque Temático Tradicionalista, que será denominado Cidade
Gaúcha, equipamento público de caráter turístico, cultural e de lazer, com o
fim de divulgar a cultura e as tradições do povo gaúcho e dá outras
providências. Com Emenda n. 01 ao Projeto. Com
Substitutivo n. 01 e Emendas nos. 02, 03, 04 e 05 ao Substitutivo n. 01.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela existência de óbice de natureza jurídica ao Projeto
e à Emenda n. 01.
Observações:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 12-12-05;
- retirado o Substitutivo n. 02;
- adiada a discussão, por uma Sessão, em 20-04-06;
- discutiram a matéria os Vereadores B.Vendruscolo,
E.Guimarães e C.Sebenelo, em 24-04-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLL nº 039/05, com o Substitutivo nº 01, com ressalva das
Emendas nºs 02, 03, 04 e 05. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLL nº 039/05.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu acho a idéia do
Parque Temático excelente, mas eu tenho lembrança, aqui, do Ver. Pedro Américo
Leal. Ele queria fazer, na área Central, um ponto que desse segurança, com a
colocação da Brigada Militar, da Polícia Civil, dos Bombeiros, e não fez um
projeto de lei. Tivesse ele feito um projeto de lei, isso não teria acontecido;
mas, se passarmos na esquina da Av. Mauá com a Av. Borges de Medeiros, lá está
o posto que o Pedro Américo Leal sonhou e desejou.
Agora
nós temos aqui um Projeto de Lei cuja idéia, volto a dizer, é boa, mas a
apresentação do Projeto não o é.
Nós temos a Assessoria de Bancada, e eu me permito
ler (Lê.): “Há uma inversão de metodologia no Projeto ora em análise, uma vez
que preestabelece um programa de atividades e um nome sem que tenha base o
território identificado. Aí reside a inversão da metodologia. Cabe ressaltar
que a Procuradoria da Casa destacou, em seu Parecer, que a matéria constante no
Projeto se inclui na organização e funcionamento da Administração Municipal,
cuja competência é privativa do Chefe do Poder Executivo. De outra parte, a
Comissão de Constituição e Justiça apontou a existência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01. Embora o autor do
Projeto tenha apresentado Substitutivo, as irregularidades apontadas pela
Procuradoria e Comissão de Justiça não foram sanadas, razão pela qual o Projeto
deve ser rejeitado”.
Essa é a Assessoria da nossa Bancada, mas a nossa
Bancada está liberada para votar como assim desejar.
Mas eu quero dizer de novo: não é uma idéia que não
seja muito boa; é muito boa a idéia. Eu até apresentei ao Secretário Beto
Moesch uma pessoa que queria fazer um parque temático. Não consegui um
telefonema do Secretário para a pessoa que quer, mas que não consegue fazer o
parque temático sem ônus nenhum para a Prefeitura, sem nenhum problema. Mas, de
qualquer forma, a idéia é boa, mas o Projeto não está em condições. Portanto,
este Vereador vai votar, com tristeza, contrariamente. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com
Substitutivo nº 01, por cedência de tempo do Ver. Haroldo de Souza.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Bernardino, eu quero dizer a V.
Exª que eu nasci na porteira do Rio Grande, nasci na velha Vacaria e acho que
V. Exª está falando muito bem, só que nós precisávamos identificar a área,
dizer o que nós queremos fazer, e não fazer um projeto abstrato. E há várias
áreas no Município que podem ser utilizadas para esse fim, e eu acho que a
idéia é excelente.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado,
Vereador. Assim como já disse em outras oportunidades, nós deveríamos, e
devemos, de repente, criar, aqui nesta Casa, uma Comissão de Vereadores,
independente de Partido, para construirmos um projeto consistente, respeitando
e divulgando a nossa cultura, a cultura do gaúcho, a verdadeira cultura gaúcha,
que é o Movimento Tradicionalista Gaúcho. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Ervino
Besson está com a palavra para discutir o PLL 039/05, com Substitutivo nº 01.
O SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz;
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos
acompanham pelo Canal 16, TVCâmara, também aqueles que estão nas galerias,
abrilhantadas pelos jovens, pelos gaúchos e gaúchas que têm uma história
marcada neste Rio Grande, a todos a minha saudação muito especial e carinhosa.
Meu
caro colega Ver. José Ismael, V. Exª, há várias Sessões desta Câmara, traz a discussão,
para que seja criado o Parque Temático Tradicionalista da nossa Porto Alegre.
Quero saudar V. Exª, só que, meus caros colegas Vereadores, se fosse pelo
Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, esse Projeto não viria para
discussão deste Plenário. Aqui é o fórum, aqui é a Casa onde temos de
aprofundar as discussões de todos os projetos.
Com
todo o respeito que tenho pela Comissão de Constituição e Justiça, todo o
respeito que tenho pelos Vereadores que a compõem, eu disse, num outro pronunciamento
que fiz há poucos dias, e vou repeti-lo no dia de hoje: com relação os
Vereadores da Comissão de Constituição e Justiça, brilhantes advogados,
brilhantes Vereadores, eu acho que eles pré-julgam alguns processos. Eu não
concordo com o posicionamento deles; eu acho que a discussão dos projetos tem
que ser aqui neste plenário, e não na Comissão com seis ou sete Vereadores
decidindo se o Projeto tem que vir ou não a Plenário, se é inconstitucional ou
não. Acho que a discussão do projeto é aqui neste plenário como acontece com
dois Projetos deste Vereador, que não passam pela Comissão de Constituição e
Justiça.
Com
todo o respeito aos Vereadores, eles estão truncando um segmento da cidade de
Porto Alegre. Eu acho que nós temos que ouvir todos os Vereadores. A
representatividade da cidade de Porto Alegre é de todos os Vereadores; portanto
a Comissão de Constituição e Justiça tem de ser um pouco mais flexível no tratamento dos projetos que a Comissão acha que são inconstitucionais. Vamos
deixar que esse Projeto venha, vamos discutir aqui no plenário, onde a
comunidade tem a oportunidade de acompanhar o Projeto e trazer aqui as suas
opiniões como está acontecendo no dia de hoje: os nossos tradicionalistas, os
nossos gaúchos e gaúchas que vêm aqui acompanhar a discussão desse Projeto.
Portanto,
meus caros colegas Vereadores, não faço esse desabafo como um desrespeito aos
Vereadores, não é esse o meu caminho, mas para que os Vereadores, pelo menos,
deixem que os projetos venham a ser discutidos nesta Casa. Aqui é o local onde
os projetos podem ser amplamente discutidos; e a comunidade que vem aqui e
acompanha a discussão dos projetos, como estão fazendo hoje os nossos
tradicionalistas, é a nossa história do Rio Grande do Sul!
Há
outro Projeto, que também tem muita dificuldade, não passa pela Comissão de
Constituição e Justiça, que é o Projeto deste Vereador sobre a colocação das
grades nas bocas-de-lobo. V. Exas são contrários a esse Projeto, mas
quero que o Projeto seja discutido aqui, no plenário.
Meu
caro Ver. João Antonio Dib, nobres Vereadores e Vereadoras, V. Exas
têm muitos amigos na Cidade, milhares de amigos; conversem com eles, ouçam a
opinião deles, se são a favor ou contra determinado projeto. E mais: na frente
da nossa Câmara, há uma boca-de-lobo com grade. Se foi colocada essa grade, é
porque o técnico achou por bem colocar, porque serviria para alguma coisa!
Então,
a respeito desses dois Projetos que têm dificuldades de ser aprovados pela
Comissão de Constituição e Justiça, por favor, estou fazendo mais um apelo, que
eles venham a Plenário para nós discutirmos. Se o Vereador achar por bem, vote
contrário ao Projeto, mas vamos discutir como está acontecendo no dia de hoje
com o Projeto do nosso estimado colega, Ver. José Ismael.
Tenho
certeza e espero que este Projeto seja votado favoravelmente, porque tem aqui o
art. 81. O Projeto está sendo discutido e acompanhado pelos nossos
tradicionalistas, pelo nosso povo, que tem uma história neste Rio Grande do
Sul. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com
Substitutivo nº 1.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Estimado
Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz, na pessoa de V. Exª, quero cumprimentar os
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, o público que nos assiste pela
TVCâmara, nas galerias, uma saudação muito especial aos jovens estudantes aqui
presentes no nosso plenário hoje, à UMESPA, à UEE, à UGES, representadas por
seus dirigentes. Senhoras e senhores, venho a esta tribuna para debater e
discutir o Projeto de Lei de autoria do nobre Ver. José Ismael Heinen, mas
inicialmente eu quero dizer que sou um tradicionalista convicto, está aqui a
minha carteirinha (mostra carteirinha), aqui presente o nosso querido colega
Pimentel, companheiras do Movimento Tradicionalista; participo na condição de
titular do DTG, Departamento de Tradições Gaúchas Mala de Garupa; portanto sou
um defensor do Movimento Tradicionalista e, sempre que puder empunhar a bandeira
e estar ajudando e contribuindo com o Movimento, o estarei fazendo.
Entretanto,
nessa questão pontual do Projeto, fui autor do Parecer na Comissão de
Constituição e Justiça que constatou óbices jurídicos para a tramitação do
Projeto. Então, é importante que nós façamos um breve esclarecimento, sem
desmerecer a questão de mérito do Projeto, e dizer que é louvável a iniciativa
do Vereador, que nós vamos apoiar o Projeto e vamos nos manifestar, sempre que
possível, a favor de todas as iniciativas que digam respeito ao apoio ao
Movimento Tradicionalista Gaúcho, até porque o símbolo da nossa Cidade é o
Laçador, um monumento que é um gaúcho pilchado que está na entrada da nossa
Capital, me dizia bem o Ver. Ervino Besson.
Mas
eu quero dizer aos nobres colegas que, no Parecer, está a opinião da Comissão
de Constituição e Justiça e o que foi determinado por todos os Vereadores ali
presentes ou apontado como óbice para tramitar, na verdade, é que o Projeto,
realmente, transfere muitos afazeres ao Executivo, tais como: projeto
arquitetônico, atividades culturais, e as pessoas que trabalharão, enfim,
necessitarão da disponibilidade de serviços, como serviço bancário, saúde,
segurança, enfim. Então, é nesse sentido que foi apontado o óbice.
Eu
peço ao Ver. José Ismael que compreenda essa questão pontual, que é uma
responsabilidade da Comissão de Constituição e Justiça, que, inclusive,
acompanhou o Parecer prévio da Procuradoria da Casa.
Eu
gostaria também de ler um parágrafo do Parecer, que diz (Lê.): “Compete privativamente
ao Chefe do Poder Executivo realizar a administração municipal”. Art. 94, inc.
IV e XII da Lei Orgânica, preceito que, salvo melhor juízo, resta afetado pelo
conteúdo normativo do Projeto de Lei.
Portanto
quero dizer que esse entendimento da Comissão de Constituição e Justiça, em que
pesem o Tribunal de Justiça do Estado e o entendimento majoritário da Comissão
de Constituição e Justiça da Casa entenderem que os Projetos autorizativos têm
obstáculos jurídicos para tramitar, me parece que, com o Substitutivo
apresentado, e, em o Projeto se tornando um Projeto autorizativo, permite uma
flexibilização muito bem colocada e de maneira inteligentemente abordada pelo
nobre autor, Ver. Ismael. Nós, talvez, assim possamos vencer esse obstáculo e
dar essa força, esse apoio, aprovando o Projeto que vai beneficiar o Movimento
Tradicionalista.
Neste
momento em que o Plenário se reúne, e as questões jurídicas são vencidas pelas
questões políticas e pelo entendimento político da Casa e do Plenário, que
possamos caminhar no sentido de aprovar o Projeto.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Márcio, quero cumprimentar V. Exª pela grandeza, ainda que V.
Exª tenha relatado contra, mas reconhece o mérito e vai votar a favor.
Neste
momento, V. Exª, mais uma vez, demonstra grandeza.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado, Vereador.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Estimado colega, considero a sua grandeza em parte, com todo o
respeito.
E
pergunto por que naquele meu Projeto, onde será colocado na conta da água o
nome de quem consome água - como é feito nas contas de luz e telefonia -, que é
também um Projeto autorizativo, V. Exª também deu Parecer contrário? Então, é
difícil de entender.
Há
dois pesos e duas medidas. É difícil, Vereador, com todo o respeito.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Gostaria, então, só para complementar,
Ver. Ervino, de dizer que, realmente, as atribuições da Comissão de
Constituição e Justiça, como bem coloquei desta tribuna, são, de maneira
pontual, as de se observar os preceitos legais.
Quando
o Projeto chega ao Plenário, entram as articulações políticas, e temos
condições de debater o mérito do Projeto.
É
aqui que quero me somar ao Ver. José Ismael, com apoio do Governo, no sentido de
aprovarmos o Projeto e darmos este grande apoio, importante neste momento, para
o Movimento Tradicionalista, do qual - mais uma vez, quero enfatizar -
participo e tenho me empenhado em efetivos e efusivos esforços para apoiá-lo, e
nós vamos continuar nessa luta, dando apoio a este Projeto neste momento.
O Sr. José Ismael Heinen: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Apenas quero aproveitar, nobre Vereador,
para agradecer a sensibilidade política de Vossa Excelência. Obrigado.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito
obrigado pelas manifestações dos tradicionalistas aqui presentes. Um grande
abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Raul
Carrion está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com Substitutivo nº
01.
O SR. RAUL CARRION: Excelentíssimo
Ver. Dr. Goulart, demais Vereadores e Vereadoras, um abraço especial aos nossos
gaudérios, aos nossos tradicionalistas que aqui vêm abrilhantar esta votação.
Queria dizer que tanto eu quanto a Verª Manuela
vamos votar favoravelmente ao Projeto, por entender, Ver. Ismael, que é um
Projeto que tem mérito, que resgata a nossa cultura, que resgata a nossa
tradição. Quero, Ver. Dib, chamar atenção para um fato que aconteceu, que eu
achei muito interessante. Às vezes, a gente, como é aqui do Rio Grande do Sul,
Ver. Cassiá, já está imerso nessa cultura, não dá a ela o valor que tem.
Vou-me referir a um fato: nós organizamos, Ver.
Bosco, um grande encontro internacional, um seminário internacional na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e trouxemos representantes de
diversos países, entre eles, um representante da Índia, e, durante a estada
dele aqui, conversando com ele, perguntamos se ele gostaria de conhecer alguma
parte do Estado, em algum momento e tal, e qual era o interesse dele? Imagine,
da Índia! Ele disse que gostaria de conhecer uma fazenda gaúcha, uma fazenda de
gado. Ele veio lá da Índia, ele estava menos preocupado em conhecer, talvez, a
nossa Serra, que é um importante e bonito espaço que o Estado tem. Ele queria
conhecer a cultura do gaúcho. Ele, lá na Índia, havia ouvido falar nisso.
Então, vejam como poderá ser importante para o
turismo, para a cultura a existência desse parque temático. E nós poderemos
obstar, mas é um Projeto autorizativo! Existem alguns que se filiam a uma tese
de que o Projeto autorizativo é totalmente incorreto, ilegal, inconstitucional
e inorgânico. Eu costumo perguntar o seguinte, Ver. Nereu: o que nós votamos
quando o Prefeito viaja? Um Projeto autorizativo.
Então, claro que é de outro tipo, mas não é pelo fato de ser autorizativo
que ele é inevitavelmente equivocado.
Eu acho que existem Projetos autorizativos e
existem “Projetos autorizativos”. E acho que esse é um dos Projetos
autorizativos que devem merecer o nosso voto. Ele, inclusive, deixa em aberto o
local, deixa em aberto outros detalhes, para não se imiscuir na tarefa do
Executivo.
Agora, vai ficar um recado claro, límpido desta
Casa: esta Cidade, que é a Capital do Estado dos gaúchos, tem de ter um parque
temático, onde essa cultura esteja permanentemente colocada, exposta e
desenvolvida.
Eu conversava com o Ver. Bernardino, que é um
lutador - temos um Projeto juntos -, para que a Sessão Solene em homenagem à
Revolução Farroupilha seja realizada todos os anos lá no Parque Harmonia - eu
falava com o Ver. Ervino, falava com a Verª Margarete, falava com o Ver.
Comassetto, com a minha colega, a Verª Manuela, com o Ver. Ismael, falei com o
nosso Presidente, Ver. Goulart, mas ainda não tive a oportunidade de falar com
o Ver. Odone, que, possivelmente, estará junto -, e falávamos sobre a idéia
constituirmos a Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e das Tradições
Gaúchas, que seria um espaço como é a Frente Parlamentar em Defesa da Criança e
do Adolescente, como é a Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo, onde
nós discutiríamos, coletivamente, projetos de interesse daqueles que, com tanto
empenho, trabalham essa questão; que nos trouxessem idéias e que trabalhássemos
de forma coletiva, não com a preocupação: este vai ser o pai da criança, aquele
vai ser o tio. Não! Essa Frente traria, Ver. Ervino, projetos conjuntamente
elaborados, trabalhados, assinados por esses Vereadores, portanto com força
para obter aprovação, e
abertos para discussão permanente com aqueles que, no dia-a-dia, trabalham as
questões da cultura e das tradições do nosso Estado.
Por
isso encaminhamos, primeiro, favoravelmente ao Projeto; e, em segundo lugar,
vamos depois construir, coletivamente, tenho certeza, uma poderosa Frente
Parlamentar em defesa da cultura e das tradições gaúchas. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Apregoamos as Emendas n.ºs 01 e 02 ao
Substitutivo n.º 03 ao PLL n.º 084/03.
Apregoamos
Requerimento de autoria do Ver. Raul Carrion, solicitando votação em destaque
para as Emendas n.ºs 01 e 02 ao Substitutivo n.º 03 ao PLL n.º 084/03.
O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para discutir o PLL n.° 039/05, com Substitutivo n.° 01.
O SR. SEBASTIÃO MELO:
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhoras e senhores, especialmente os nossos amigos do Movimento
Tradicionalista do Rio Grande, que, mais uma vez, estão aqui na Casa do Povo de
Porto Alegre, o Ver. Ismael traz à discussão, para aprovação desta Casa, um
Projeto autorizativo que tem como fito construir um parque temático na cidade
de Porto Alegre.
Nós achamos que ninguém, nesta Casa, vai ser contra esse
Projeto. Eu, pessoalmente, acho que o Projeto autorizativo vale para uma
discussão, para despertar no Poder Público, no Executivo... porque, na verdade, autorizar o que está autorizado tem
este fito. Então, eu penso que essa discussão não pode terminar aqui
hoje. Eu sempre acho que as questões administrativas estão sendo subordinadas
às decisões políticas. Penso que construir um parque temático na cidade de
Porto Alegre é um resgate da história de um povo extraordinariamente
fantástico, que é a nossa gente do Rio Grande do Sul. Mas essa idéia também
poderá ser uma fonte enorme de oportunidades, de geração de empregos e para que
os turistas que vêm a esta terra possam, num parque temático, buscar a história
do povo gaúcho e, evidentemente, regressarem enriquecidos para suas cidades de
origem. Então, eu acho a idéia fantástica; acho que ela é valorosa, e acho que
não há Bancada que vá votar contrariamente. Agora, um Projeto de Lei tem que
ter a capacidade de despertar sonhos, mas tem que transformar sonhos em
realidade; e aí é que acho que vamos ter que fazer um grande esforço, porque
não basta autorizar; nós temos de lutar junto com quem tem o poder para fazer,
que é o Executivo, no sentido de construir essa alternativa. Portanto somos
favoráveis, mas sabendo que essa é uma etapa do processo; evidentemente que há
uma enorme etapa pela frente a ser vencida, no sentido do convencimento do
próprio Executivo.
Um
dia eu quero entender: os gaúchos são gaúchos por opção, porque lutaram por
esta terra; e há outros que são gaúchos duplamente, e eu sou um deles, porque
sou de outro Estado e, portanto, sou duplamente gaúcho, uma vez que sou gaúcho
por opção, e, nesse sentido, eu não estou sozinho neste Plenário. Mas se há uma
coisa que não entendo, Ver. Haroldo, é como, no Rio Grande do Sul, com as
tradições que o Estado tem, com as coisas bonitas que tem, com a cultura, com a
política que tem, não conseguimos fazer deste Estado um pólo que atraia
turistas, Ver. Cássia. Esta é uma coisa, para mim, inaceitável, porque sabemos
que o turismo é, para alguns Estados e países, fonte número um de recursos, e o
Rio Grande, especialmente a nossa Capital, Ver. Ismael, tem sido corredor!
Nossa Cidade é uma cidade-turismo de serviço: aportam aqui muitas palestras,
muitos cursos, e nós temos uma rede hoteleira excelente; nós temos o lago
Guaíba extraordinário; nós temos uma enorme riqueza na área cultural, mas o Rio
Grande, especialmente Porto Alegre, Verª Margarete - e V. Exª, que foi uma
excepcional, extraordinária Secretária da Cultura deste Município, sabe da
admiração que lhe tenho -, tem muito que avançar.
Então,
parabéns, querido Ismael, há um longo caminho a ser percorrido, porque, entre a
autorização e a efetivação, há um fosso enorme, e, portanto, nós vamos nos
somar para aprovar a autorização, vamos ser parceiros com V. Exª, para que esse
sonho se torne, lá na frente, uma realidade.
Cumprimentos
ao Movimento Gaúcho, de tantas contribuições ao Rio Grande, de tantas lutas e
de tantas caminhadas que orgulham a nossa gente e a nossa terra. Muito
obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Vereador. A Verª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir o PLL n.º 039/05, com Substitutivo n.º 01.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Humberto
Goulart, Srs. Vereadores e
Sras Vereadoras, estudantes, jovens que acompanham os trabalhos de
hoje à tarde e representantes do Movimento Tradicionalista de Porto Alegre, que
sempre é bem-vindo, a nossa Cidade é uma cidade multicultural, é uma cidade que
tem, na sua composição, na composição do seu povo, diferentes etnias, e, com a
sua trajetória democrática, construiu a mais profunda democratização nas
relações da construção da política pública, da incidência do seu povo sobre o
destino da Cidade.
Por
isso é muito bem-vinda a iniciativa, Ver. Heinen, de constituir um espaço, uma
concretude ainda maior para representar, divulgar, ensinar, celebrar uma das
mais importantes composições da nossa cultura, da cultura do nosso povo gaúcho,
que é o nosso tradicionalismo.
Eu
comentava, neste final de semana, que não há família que não saboreie o
chimarrão, não há porta de casa, não há janela em que não se encontrem pessoas
também saboreando o seu chimarrão. Eu não sei se existe cultura tão difundida,
tão presente em nossa vida, no dia-a-dia, em outra região como é o chimarrão, que
é emblemático da cultura do nosso tradicional gaúcho, é uma das invenções mais
belas da nossa tradição, que une direita e esquerda, como brincamos aqui no
Plenário, em que há o “chimarrão da direita” e o “da esquerda”, chimarrão que
une famílias, que está presente nas rodas de amigos, e, para minha emoção, cada
vez mais, jovens pegam o seu chimarrão no final da tarde e vão para o parque
conversar com os amigos. Que bom que essa cultura se expanda e que, em vez da
cachaça, do uísque, da cervejinha, os jovens continuem confraternizando em
torno da cuia de chimarrão, que cria laços de amizade, que cria uma
solidariedade gaúcha. Por mais que ainda estejamos, mulheres neste Plenário,
lutando para superar resquícios da cultura autoritária, que considera a prenda inferior
ao homem, por mais que tenhamos músicas abomináveis na nossa cultura
tradicionalista que se refiram desse modo à mulher gaúcha, nós temos que
celebrar muito da nossa cultura, da nossa tradição, da nossa ligação com a
terra, com os animais, do nosso respeito aos animais, do zelo no seu trato,
dessa manutenção viva da bela cultura do tradicionalismo gaúcho.
Então,
a idéia do parque temático vem se somar a inúmeras iniciativas, inúmeras
manifestações culturais que tomam a Capital dos gaúchos como é o belíssimo e
cada vez maior, mais significativo e populoso evento do Acampamento
Farroupilha! Quem não ama o Acampamento Farroupilha na cidade de Porto Alegre?
A conquista do espaço aqui do Centro Cultural Gaúcho? O que nós temos a
ponderar, e é a preocupação da nossa Bancada e minha, especialmente, porque
falo do meu voto, é que nós não podemos, em hipótese nenhuma, pensar numa bela
iniciativa que venha a ser fechada, que venha a ter barreiras para o ingresso,
barreiras até no sentido concreto como pagar ingresso para entrar num espaço
que tem que ser público. Isso é muito lindo, por exemplo, no Acampamento
Farroupilha, esse ingresso livre de todas as camadas sociais; se puderem
gastar, vão gastar; senão, vão apenas usufruir a música, das atividades tradicionalistas.
Então, a nossa
preocupação, Ver. Ismael, é que aqui o Projeto está bastante vago; aliás,
extremamente vago, não tem nem a precisão do local. Acho que deveríamos avançar
no gerenciamento desse local, na garantia da participação de todas as manifestações
e organizações culturais em torno do cultivo da cultura gaúcha. Então, a nossa
preocupação é que esses espaços ou parques continuem sendo públicos, de acesso
a todos, de acesso às diferentes compreensões, inclusive da nossa cultura
gaúcha. E, nesse sentido, o Projeto é muito aberto.
Nós
pretendemos votar favoráveis ao Projeto, mas declarar voto de que temos de
construir essas garantias, a de que seja mais um lugar especial para Porto
Alegre, mas aberto a todos os seus cidadãos. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com
Substitutivo nº 01.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; prezados colegas Vereadores e Vereadoras,
público que nos assiste, venho a esta tribuna para trazer algumas considerações
e algumas contribuições ao tema da cultura do gaúcho. Acredito que essa
manifestação apresentada no Projeto que estamos discutindo hoje, que se
concretiza por meio de um Projeto que traz o tema de criar o parque
tradicionalista denominado Cidade Gaúcha, é, sem dúvida nenhuma, uma afirmação
cultural, uma afirmação da nossa Cidade e uma afirmação do Estado do Rio Grande
do Sul. E digo mais: quando chegamos aqui nesta Casa, no início do ano passado,
um dos temas que trouxemos junto, dialogando com muitos, não só do MTG como da
Associação dos Piquetes e outros grupos, foi no sentido de contribuir não só
com a discussão, mas com a elaboração concreta de projetos que consigam afirmar
e firmar o tema da cultura do gaúcho em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Hoje,
além de projetos deste Vereador, há Projetos do Ver. Bernardino, do Ver.
Ismael, da Verª Margarete, do Ver. Sebenelo bem como de outros Vereadores, que
tratam sobre o tema da cultura do gaúcho.
Portanto
nós apoiamos a proposta trazida aqui, para que nós possamos unificar esses
Projetos e trabalharmos em conjunto, no sentido de sair um projeto da Cidade e não projetos em
fatias, que, muitas vezes, se complementam e, outras vezes, são contraditórios.
Então,
nós apoiamos e defendemos essa proposta de constituirmos um grupo que trabalhe,
aqui, internamente, com a representação da sociedade, com as suas diversas
facetas de trabalho. A diversidade, a pluralidade também existem na sociedade.
E o lindo, o tranqüilo da afirmação da democracia e da diversidade é quando
todos podem contribuir.
Então,
nós defendemos, sim, esse Projeto de criação do Parque Temático
Tradicionalista, que será denominado Cidade Gaúcha, uma vez que há um Projeto
de nossa autoria que complementa um outro Projeto já aprovado aqui, que criava
o caminho das cavalgadas. Se nós não dissermos quando, onde e como, o caminho
das cavalgadas fica inócuo sob o ponto de vista da sua afirmação. O nosso
Projeto traduz, para dentro do Plano Diretor, o que se constituem as hipovias:
que nós possamos constituir, no espaço público da Cidade, caminhos exclusivos
para se andar a cavalo.
Nesse
final de semana, quando fizemos a cavalgada dos cavaleiros de São Jorge, de Belém
Novo até Tala, encontramos um conjunto de dois mil cavalarianos de Porto Alegre
e da Grande Porto Alegre; isso significa a afirmação de uma característica que
existe na Capital do Rio Grande do Sul: Porto Alegre é o território que tem a
maior concentração de cavalos do Rio Grande do Sul. Nós temos acantonados, na
Zona Sul, em torno de seis mil cavalos, que são utilizados para os rodeios,
para os piquetes, para equoterapia e para um conjunto de outras atividades.
Portanto
a cultura do gaúcho é a maior cultura eqüestre do mundo, pois ela inicia no sul
do território de Santa Catarina e vai até a Patagônia. Nós precisamos ter,
aqui, essa fortaleza, sim, e que ela seja trabalhada culturalmente
com todos os segmentos e com toda a diversidade.
Portanto, Sr. Presidente,
o nosso apoio, sim, ao Projeto do Ver. Ismael; o nosso apoio, sim, a que todos
os demais Projetos se integrem, para que possamos fazer com que, através das
contradições e das contribuições que existem, a Capital dos gaúchos seja uma
das referências da sua fortaleza, tanto no tema cultura do gaúcho, do guri ao
idoso, homem e mulher, na diversidade plural, cultural, seja ela da culinária, da arte, da
música, e assim por diante. Aqui a nossa contribuição ao mundo gaúcho, que é
o Rio Grande do Sul, o Uruguai e parte da Argentina. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para
discutir o PLL n° 039/05, com Substitutivo nº 01. (Pausa.) O Ver. José Ismael
Heinen está com a palavra para discutir.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Exmos colegas desta Casa, público
que hoje enfeita, de maneira positiva, bela e harmoniosa, as nossas galerias;
quero, inicialmente, Sr. Presidente, agradecer a presença espontânea das
lideranças do tradicionalismo do nosso Estado, em especial, da nossa Cidade.
O Sr. Manoelito Savaris, Presidente do MTG, ligou,
nos autorizando a dizer da sua plena concordância em termos o Parque Temático
Gaúcho em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul.
Estão presentes durante toda a tarde, aqui, nos
acompanhando, o Sr. Adão Chibiaque Barreto, ex-Patrão do CTG Glauco Saraiva; o
Sr. Rogério Bastos, um jovem tradicionalista, líder do tradicionalismo; o Sr.
Daniel da Silva Feijó, do CTG Descendência Farrapa; a Srª Izabel L’Aryan,
Presidente do Sindicato dos Compositores Musicais do Rio Grande do Sul, que
está desde as 14 horas aqui conosco; o Sr. Nelson Lima dos Santos, grande
líder, Coordenador a 1ª Região Tradicionalista; o Sr. Celso Souza Soares, Presidente da
Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha; o Sr. Carlos Leopoldino da Silva
Gomes, Diretor de Acampamento e Patrimônio da 1ª Região Tradicionalista; o Sr.
Ivo Leonardo Pires Pereira, do Conselho de Ética da 1ª Região; a Srª Maria
Nélida Fernandes Pereira, da 1ª Região; o Sr. Vítor César Costa; o Sr. Humberto
Cassuriaga, representante da Super Rede Boa-Vontade de Rádio - Programa
Sentinela dos Pampas; Tais Nascimento de Oliveira; o Sr. Albeni Carmo de
Oliveira, nosso Primeiro Peão, poeta, gaúcho; o Sr. Airton Pimentel. Um abraço
carinhoso para essa força.
Eu acho, meus amigos, que hoje o Rio Grande,
através de sua Câmara de Vereadores, está dando um grito bem forte, um grito de
gaúcho, um grito de autenticidade de sua independência ao elegermos a cidade de
Porto Alegre, que é a capital do Estado, também como a capital do
tradicionalismo gaúcho. Esse parque temático nós já o temos visto acontecer em
outros Estados, menos no nosso. Mas, a partir de hoje, eu tenho certeza de que
esse haverá de ser o legítimo parque temático das tradições gaúchas do mundo,
representado na sua verdadeira Capital, que é a nossa cidade de Porto Alegre.
Nós propomos esse Projeto para resgatarmos a
história do tradicionalismo na Capital da terra onde ele se formou, na Capital
da terra onde ele vinga, onde ele age, onde ele sobrevive, e, com certeza, ele
vai se aprimorar cada vez mais; haverá de ser uma vanguarda, uma sentinela
permanente para cultivarmos a verdadeira cultura gaúcha. E usando essa cultura
gaúcha, minha gente, nobres colegas, temos que ser inteligentes e fazê-la
também uma cultura de turismo para nossa Porto Alegre. Nossa Porto Alegre
haverá de deixar de ser um mero corredor dos irmãos que nos visitam para ir para
outros Estados. Tenho certeza de que eles haverão de parar para ao menos
visitar a cidade gaúcha e conhecer as tradições lindas que nós temos. Seria uma
contradição cultural muito grande nós não termos esse parque.
A partir de hoje, e esse Projeto assim o prescreve,
nós estamos proporcionando liberdade suficiente ao Poder Público, que já foi
consultado, foi dado aos senhores uma seqüência operacional do que poderá ser,
de repente, a nossa Cidade Gaúcha.
Aqui há um item de S. Exª, o Prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, em que
ele dá como sugestão - quando fomos falar com ele -, um museu vivo,
representando a história gaúcha do nosso Estado. Eu voltarei para encaminhar o
Projeto, porque temos um Substitutivo que faz com que ele seja autorizativo e
Emendas de Vereadores, que fazem com que ele seja não-autorizativo; que ele
seja definitivo. O local pode ser onde melhor a Prefeitura achar que pode
acomodar esse Parque. Nada contra o Parque Temático Cidade Gaúcha dentro do
Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Agora, se houver algum impedimento a esse
local, nós temos muitas áreas do Rio Grande, aqui em Porto Alegre, para
podermos colocar essa tradição, o nosso tradicionalismo.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Acabou
o tempo, colega, mas, se o Presidente permitir...
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: Ver.
Ismael, autorizativo ou impositivo, ele vai sair; devemos nos manter unidos.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Obrigado.
E obrigado pela presença de todos os senhores. (Palmas.)
(Revisado
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Visto
que o Ver. Luiz Braz não se encontra presente, solicito que a Verª Margarete
Moraes assuma a presidência dos trabalhos enquanto eu recebo o Prefeito de
Rolante no gabinete.
(A
Verª Margarete Moraes assume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes):
É uma honra substituir o nosso Presidente, Ver. Dr. Goulart. Estamos em
discussão.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com Substitutivo nº 01.
O
SR. ADELI SELL: Cara
Verª Margarete Moraes, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e
Vereadoras; cidadãos e cidadãs de Porto Alegre, nós vamos votar favoravelmente
ao Projeto, já discuti essa questão várias vezes com o Ver. Ismael, até porque,
se nós formos olhar os jornais de fevereiro de 1997, veremos uma declaração
minha propondo um parque temático onde hoje é o Parque Harmonia. Inclusive, o
nobre jornalista Fernando Albrecht fez uma matéria na sua coluna, na página
três do Jornal do Comércio, questionando as minhas contas aritméticas, segundo
ele. Mas eu propunha, então, na verdade, Ver. Bernardino, um pequeno parque
temático que fosse um elemento importante para o turismo cultural na cidade de
Porto Alegre.
Essa
discussão do parque temático não evoluiu, na verdade, mas está nas páginas dos
jornais de então, Ver. Ismael. Vossa Excelência sabe que nós precisamos de uma
grande corrente, de uma grande batalha, para que nós possamos construir um
parque temático na cidade de Porto Alegre, porque nós temos uma cultura “de
costas viradas” para o lago, “de costas viradas” para a questão temática.
Normalmente esses temas são “guetizados”,
são “acantonados” e precisam ser temas da sociedade.
Lembro-me
muito bem de quando eu era menino, aos quatro anos; minha família se mudou do
interior de Palhoça para Cunhaporã, no extremo-oeste de Santa Catarina. Quando
cheguei ao colégio, eu era o típico manezinho da Ilha, enquanto todos os meus
colegas tinham sotaque completamente diferente do meu - sotaque gaúcho -,
porque todas a suas famílias vinham de Cachoeira, de Agudo e de Sobradinho. E
lá, evidentemente, como todo mundo, minha família tomou o hábito do chimarrão,
e depois viemos para Porto Alegre.
Eu
sei a força da cultura do Rio Grande do Sul espalhada pelos quatros cantos do
nosso País, para não dizer do Planeta, porque tem até CTG na Finlândia. Então,
é muito forte essa questão da cultura do Rio Grande do Sul.
Agora,
tal qual outros Vereadores que me antecederam, eu quero um parque temático que
seja fruto de uma ampla discussão, que não seja mais um gueto fechado, mas,
sim, aberto para essa diversidade da cultura do Rio Grande do Sul; um local que
seja público, de fácil acesso, e que nós possamos, sim, defender a cultura do
nosso Estado como temos que defender as outras manifestações culturais também.
Essa é a minha posição; essa é a minha Declaração
de Voto, portanto, já, antecipadamente. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO (Requerimento): Presidenta,
Verª Margarete, faço um Requerimento, solicitando que seja colocado no site
da nossa Câmara, já que estamos discutindo o tema do gaúcho, que, neste final
de semana, vai haver a Cavalgada Feminina de Itapuã, promovida pelo Piquete
Prenda Linda, uma atividade da afirmação da mulher dentro da cultura gaúcha.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada,
Ver. Comassetto.
O
Ver. Paulo Odone está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com
Substitutivo nº 01.
O
SR. PAULO ODONE: Presidenta
Margarete; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu me senti na
obrigação, em respeito às manifestações de um ilustre Vereador, nosso colega,
Ver. Besson, de me manifestar aqui sobre o posicionamento da Comissão de
Constituição e Justiça em relação a esse Projeto e a outros Projetos. É uma
pena que o Ver. Besson não esteja presente nos ouvindo, mas é a segunda ou a
terceira manifestação dele, inconformado com a postura da Comissão de
Constituição e Justiça.
Então,
Srs. Vereadores, eu quero deixar bem claro que há uma Comissão de Constituição
e Justiça nesta Casa que zela para que os projetos que tramitam e chegam à
votação e à eventual aprovação nesta Casa - porque todos fazemos projetos com
alvo de aprová-los - estejam dentro das regras constitucionais e jurídicas, conservando
e preservando a absoluta competência desta Casa para iniciativa dos seus
projetos, fazendo com que o Executivo respeite o Legislativo, e também nós
respeitemos a competência deles e iniciativas.
Ocorre
que esses chamados Projetos “autorizativos”, para fugir às restrições e fraudar
a competência, às vezes exclusiva do Executivo, são projetos que autorizam
tão-somente o Poder Executivo a isso ou àquilo.
Ora, há
jurisprudência do nosso Tribunal de Justiça, que é maciça, consolidada, também
em nível nacional, de que um Projeto que, a título de se dizer autorizativo,
invadindo a competência de iniciativa do Executivo, na verdade, está fazendo o
constrangimento do Executivo, invadindo a sua área e dando a ele o
constrangimento público de lei aprovada no Parlamento sobre aquilo de que o
Parlamento não disporia. Isso vale para o Governo Federal, vale para o Governo
Estadual e vale para o Municipal também.
A
Comissão de Constituição e Justiça tem o dever de proteger a competência da
Casa, mas também de pôr os limites na tramitação dos Projetos, pela sua
constitucionalidade.
Eu vou votar a favor do Substitutivo com essas Emendas. Não
estou autorizando, não; já estou dizendo ao Governador que é da competência da
Câmara dizer: “cria o parque temático”. Ponto. Não mando ele botar onde nem
como, em que data. Está preservada a constitucionalidade da nossa... É isto que
nós, às vezes, precisamos ter a sensibilidade, porque alguns Projetos podem
tramitar parecendo mais radicais. Essa é a postura da Comissão, e eu falo em
meu nome e de todos os colegas da Comissão. É isto!
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Paulo Odone, eu quero
cumprimentá-lo. Nós todos sabemos do seu conhecimento, da sua experiência, mas
também gostaríamos de deixar a nossa ânsia, no sentido de aprimorar aquilo que
está definido. O direito caminha na medida em que a sociedade exige o seu
aperfeiçoamento. Só quero fazer este desabafo, da mesma forma, mas não lhe
contrariando, no sentido de tirar a verdade quanto àquilo que V. Exª está
dizendo.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Paulo Odone, a assessoria
do autor do Projeto distribuiu como ficaria o Substitutivo, se aprovado, e a
Ementa diz: “fica criado o Parque Temático.” Cria. Art.1º: “fica criado o
Parque Temático.” Então, eu acho que nós estamos excedendo. Só que não diz
onde. Não diz onde, mas cria.
(Não
revisado pelo orador.)
(O Ver. Dr. Goulart reassume a presidência dos
trabalhos.)
Informamos a presença do nosso querido Prefeito de
Rolante, Pedro Luiz Rippel, do PDT; e do Presidente da Câmara, Ver. Darlei José
Cardoso da Silva, também do PDT.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
discutir o PLL nº 039/05, com Substitutivo nº 01, por cedência de tempo do Ver.
Dr. Pinto.
O
SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16, TVCâmara,
eu queria saudar todos.
Meu
estimado colega e Vereador Paulo Odone, pelo que V. Exª colocou, eu jamais
coloquei em dúvida o direito e a responsabilidade de cada Vereador que trabalha
nas suas Comissões. Eu jamais coloquei em dúvida qualquer colega Vereador ou
Vereadora desta Casa.
O
Ver. Paulo Odone colocou: “Então, eu fecharia a Comissão de Constituição e
Justiça”. Não é o caminho. Não é por aí a minha intenção; não foi isso que eu
coloquei aqui desta tribuna. O que eu coloquei, desta tribuna, é que os
Projetos venham a este plenário para serem discutidos aqui neste plenário, como
está acontecendo, no dia de hoje, com o Projeto do nobre colega, o Ver. José
Ismael, que, se fosse pelo Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, não
viria para o plenário!
É nessa direção que eu estou colocando aqui nesta
tribuna! As pessoas têm oportunidade de vir aqui no plenário, acompanhar e dar
aqui a sua opinião! É nessa linha, é nessa intenção que eu coloquei a posição
da Comissão de Constituição e Justiça, jamais colocando em dúvida a competência
de cada colega Vereador que compõe essa Comissão! Também falei da tribuna do
meu Projeto sobre a colocação do nome do consumidor na conta de água, e não o
nome do proprietário.
Eu,
normalmente, quando apresento um Projeto nesta Casa, tenho como costume ouvir
uma parcela da população desta Cidade de Porto Alegre, meu caro Airton
Pimentel, e colocar no Projeto! Uma grande parcela da população me procurou
para que eu entrasse com esse Projeto de Lei. Há problemas com as contas de
água em nome do proprietário, e não em nome do consumidor. Isso está gerando
muitos problemas para a cidade de Porto Alegre. Então, é um problema que eu
trouxe aqui, nesta Casa, até para colaborar com o Executivo. É uma idéia. Vamos
colaborar com o Executivo. Talvez o Executivo venha, no futuro, a aproveitar
esta idéia. Aqui é o lugar da discussão. Eu já conversei com a direção do DMAE,
que vê, claro, até com simpatia o Projeto.
Por
que a conta do telefone nós recebemos em nome do consumidor, e a da CEEE e a da
Corsan? E a água? Não é da nossa responsabilidade? Nós somos Vereadores desta
cidade de Porto Alegre! E por que a conta de água não vai em nome de quem
consome a água?
E
mais, colegas Vereadores: o DMAE está tendo um grande prejuízo com isso, um
grande prejuízo. Desde o momento em que a conta de água vai em nome do
consumidor, há mais respeitabilidade por parte de quem consome a água. Essa é a
intenção do projeto. Agora, pelo Parecer da Comissão de Constituição e Justiça,
o Projeto não vem ao Plenário, não vão deixar vir aqui ao Plenário, não vão
discutir aqui, que é o fórum para discutir o Projeto.
Meus
queridos colegas, Vereadores e Vereadoras, V. Exas. têm uma grande parcela da
população que os apoiaram, as amizades de vocês; procurem a opinião da
população para ver o que eles dizem desse Projeto, vamos ouvir a população.
Se
o Projeto é autorizativo, de repente, uma idéia que nós trouxemos aqui, vamos
discutir com os segmentos da sociedade, e, de repente, mais hoje, mais amanhã,
o Executivo pode vir a usar; é uma idéia que foi discutida. Por isso é que nós
somos eleitos.
Quando
os jornais, a imprensa, Ver. João Antonio Dib, bate em nós, porque nós temos
muitos problemas com os nomes de ruas, de homenagens, alguns Vereadores acham
ruim. Mas por que não trouxemos aqui, discutimos aqui Projetos interessantes
para a cidade de Porto Alegre? Vamos discutir! É aqui o local que nós temos
para discutir. Se o Ver. Ismael não trouxesse esse Projeto aqui, que está sendo
acompanhado por grandes homens históricos e mulheres do nosso tradicionalismo,
eles não teriam condições de vir aqui acompanhar a discussão desse Projeto.
Um
outro projeto: grades nas bocas-de-lobo, que também não passa pela Comissão de
Constituição e Justiça, também é um projeto autorizativo. Mas, e por que em
Santa Catarina e no Paraná...
O
próprio Ver. Todeschini, que foi Diretor do DMAE, fez uma viagem ao Japão,
viagem de estudos, e me trouxe umas fotos, mostrando que lá são usadas grades
nas bocas-de-lobo; evita alagamentos, evita que entre lixo, plástico e as pets,
que hoje estão dando muito problema de entupimento dos nossos esgotos. Então, o
que é a grade? A grade tranca, não deixa entrar essa grande quantidade de
entulhos, plásticos, pets, que dão muitos alagamentos na nossa cidade de
Porto Alegre. E tenho várias fotos no meu gabinete, já mostrei nesta tribuna,
vou mostrá-las ainda o quanto puder, para que as pessoas se dêem conta. Santa
Catarina, Paraná... Já disse: aqui na frente da Câmara tem uma boca-de-lobo com
grade. Por que foi colocada esta grade? Alguém colocou, porque achou que seria
interessante.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Ervino Besson, é
claro que nós não estamos discutindo a boca-de-lobo, mas V. Exª repete, pela
segunda vez hoje, que, aqui na frente da Câmara, tem uma grade na boca-de-lobo.
Isso é um erro, pode ter certeza de que é um erro; o que precisa é limpar o
poço de visita do bueiro, aquela área que deposita o material, o que precisa
ser feito depois de cada chuva.
O
SR. ERVINO BESSON: Ver.
João Antonio Dib, eu vou discutir esse Projeto quantas vezes eu tiver
oportunidade, porque é um Projeto bom para a cidade de Porto Alegre.
Ver.
João Antonio Dib, V. Exª foi um excelente Prefeito, é um excelente Vereador;
agora, digo que, no seu tempo, não existia o plástico, não existia a grande
quantidade de garrafa pet que nós temos hoje. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com
Substitutivo nº 01.
O
SR. NEREU D'AVILA: Sr.
Presidente, Dr. Goulart; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores; senhoras
e senhores, dada a ausência do Ver. Ibsen Pinheiro, o Ver. Paulo Odone,
Vice-Presidente, já ocupou a tribuna para defender e justificar as posições da
Comissão de Constituição e Justiça, mas, dada novamente a insistência do Ver.
Besson de vir à tribuna para discutir matéria que não está em discussão neste
momento, nós não podemos deixar de justificar as posições da Comissão de
Constituição e Justiça.
Na
verdade, para Vereadores como eu, que, há muito tempo, estamos aqui, Ver.
Almerindo, foi um bálsamo a presença, agora, de uma Comissão de Justiça que
recebeu poderes e que está exercitando esses poderes. Exatamente o nome
“Comissão de Constituição e Justiça” é para analisar os aspectos
constitucionais dos projetos.
Há
aqueles que adotaram o Direito como projeto na sua vida, é bacharel em Direito,
mas há aqueles, como V. Exª, que não o adotaram, mas já, diversas vezes,
colhemos a opinião de Vossas Excelências, que têm colaborado com pareceres
muito bem prolatados, mas que também muito têm aprendido com a Comissão.
Então,
queremos dizer que Comissão de Constituição e Justiça é um filtro sobre a
constitucionalidade ou não de um Projeto. Então, como diz o Ver. Dib, com uma
pletora de Projetos apresentados à Casa - muitos inócuos, inconstitucionais -,
a Comissão de Justiça nada mais faz do que discutir profundamente cada Projeto
e seus aspectos constitucionais. Então, os Vereadores ficam inconformados, às
vezes, porque uma matéria sua não vem a Plenário; mas há, lá na Comissão, um
relator, com a assessoria e os demais componentes, que discutem a matéria. E
disso não escapa ninguém, nem os componentes da Comissão. Eu mesmo tive um
Projeto, relatado pelo Ver. Ibsen em sentido contrário, sob o aspecto
constitucional, ao que eu propunha e que teve aceitação dos meus Pares,
relativamente à inconstitucionalidade.
Então,
não vamos deixar essa imagem - hoje, que a Casa está com ilustres visitantes -
de que a Comissão de Justiça toma posições contrárias a alguns e favoráveis a
outros. Não; a Comissão prolata e discute a constitucionalidade dos aspectos.
Esse
Projeto que está em discussão, neste momento, tem muitas atribuições que fogem
à competência do Vereador, atribuições que são de competência do Poder
Executivo. Vereador é Vereador; Prefeito é Prefeito.
Então,
os Vereadores, na ânsia, às vezes, até de colaborar com a Cidade, fazer bons
Projetos, mas não são obrigados a conhecer o Direito Constitucional, nem os
seus assessores. E aí, como neste que nós estamos discutindo, se ele não for
vetado total, vai ser vetado parcialmente, porque ele tem dispositivos - nós
acompanhamos o Parecer do Ver. Márcio Bins Ely, muito bem elaborado - que não
são atribuições do Vereador, porque, de repente, o Vereador começa a governar a
Cidade, daqui da Câmara, e o Prefeito fica olhando de braços cruzados.
Então,
aqui não é um torneio de simpatia, não é um torneio de compadrismo. O Ver.
Besson, por exemplo, é da minha Bancada; agora, eu não concordo,
democraticamente, com as suas intervenções. Ele vem à tribuna para falar só no
Projeto dele. Nós estamos discutindo Projeto do Ver. Heinen. E mais, enquanto
tiver inconstitucionalidade, nós manteremos essa posição. E eu repito: para os
Vereadores mais antigos, foi um bálsamo deixar - como no Congresso e na
Assembléia - que a Comissão de Constituição e Justiça possa, sim, arquivar
aquelas matérias inconstitucionais. E mais: o Presidente da Casa - está na Lei
Orgânica e no Regimento Interno - pode, se é visceralmente inconstitucional,
ele, moto próprio, assinar o
arquivamento do processo. Está, Vereador-Presidente, na Lei Orgânica. Então, é
necessário que os Vereadores que assomam à tribuna, primeiro, leiam o Regimento
Interno, leiam a Lei Orgânica e estudem alguma coisa, porque o que vale aqui
não é só discurso bonito para agradar os que estão presentes. Não! Aqui também
têm responsabilidades, ou então se extingue a Comissão de Constituição e
Justiça.
Eu queria trazer esses esclarecimentos, e sei que o
Ver. Ibsen os faria, porque é o Presidente da Comissão, mas já que ele não
está, nós estamos, e o Vereador Odone já o fez, trazendo a defesa da Comissão
de Constituição e Justiça.
Para encerrar, quero dizer que não houve fechamento
da nossa Bancada. O Ver. Márcio, num gesto elegantíssimo, deu o Parecer
contrário, sob os aspectos constitucionais; nós adotamos o Parecer, mas, agora,
dado que o mérito é indiscutível, apesar - repito - de alguns artigos serem
inconstitucionais, nós vamos votar favorável ao Projeto, torcendo inclusive
que, dada a grandeza do Parque Temático, dada a grandeza do mérito do Projeto,
que o Prefeito não o vete, porque se for analisar que ele, Prefeito, foi surrupiado,
em alguns artigos, na sua plenitude de governar a Cidade, ele pode vetar
parcial ou totalmente. Torçamos para que ele não o faça! Obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 039/05, com
Substitutivo nº 01.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos
assiste; ouvimos atentamente as diversas falas e já havíamos conversado,
inclusive, com o Ver. Ismael. Quanto ao mérito do Projeto, ninguém discute. E o Projeto,
pela proposição do Vereador, já cria o Parque e já denomina o Parque.
Agora, com relação ao que foi dito por alguns
Vereadores, nós não temos nenhuma dúvida: o Projeto, da forma como está, é
inconstitucional, extrapola a atuação do Vereador - porque é uma prerrogativa
do Executivo - e, ao mesmo tempo, eu não tenho dúvida de que esse Projeto, ao
ser aprovado aqui na Casa, vai retornar, porque o Prefeito vai vetar. Não tem
como não vetar, pela questão do vício de origem. Eu não tenho nenhuma dúvida
disso.
Agora, talvez nós venhamos colocar o Prefeito numa
“saia justa”. Eu volto a dizer que, com relação a esse Projeto, de forma
fraterna, Ver. Ismael, poderia V. Exª conversar diretamente com o Prefeito e
propor, porque, da forma como está colocado, ele não tem a mínima possibilidade
de ser aprovado, a não ser que o Prefeito encare, concorde - é uma prerrogativa
também -, porque há duas formas: quando um Projeto é aprovado aqui na Casa,
indo para o Executivo, o Prefeito pode sancionar, vetar ou - existe um terceiro
instrumento - silenciar, ou seja, ele não emite nenhum juízo de valor, e o
Projeto passa a ser aprovado por questão de tempo.
Volto a dizer que concordo plenamente com o mérito
do Projeto e vejo essas dificuldades. Espero que o Ver. Ismael tenha acordado
com o Executivo, e nós vamos conversar com o Ver. Ismael e vamos fazer um
contato, ainda hoje, para definirmos a posição, porque é só na questão da
forma: ele não localiza; ele é autorizativo. Quanto à questão do mérito, nós
não temos nenhuma dúvida, vários Vereadores já colocaram essa situação, que não
precisava. Esse Projeto, até eu vi que ele entrou por força do próprio art. 81.
Ele poderia ter sido discutido, avaliado, mensurado de outra forma, porque
Porto Alegre precisa da questão de um parque temático, mas tenho esses óbices
em relação à construção na formatação do Projeto. Quanto ao mérito, não temos
nenhuma dúvida, e eu quero parabenizar V. Exª, Ver. Ismael, por trazer essa
discussão à nossa Casa, porque a Cidade precisa, sim, fazer essa discussão, e precisa da inclusão de um parque
temático. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para discutir o PLL n° 039/05, com
Substitutivo n° 01.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Sr.
Presidente; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores,
parece-me que o Ver. Besson tem uma preocupação, mas, muitas vezes, as
Comissões dão Parecer contrário, e este Plenário, no meu entender, é soberano
sobre tal Parecer, pois o voto dos 36 Vereadores é que decide, até porque,
quando o Projeto chega nas Comissões, ele está puro, não tem Emendas.
Essa
negociação que aconteceu aqui, de que será aprovado o Substitutivo n° 01,
possibilitou, Ver. Bins, a correção dessa questão no seu Parecer. Portanto este
Plenário é soberano. Por mais que haja desavenças com as Comissões, elas fazem,
como disse o Ver. Nereu, uma triagem daqueles processos, daqueles projetos que
podem vir a Plenário, deixando-os mais enxutos, sem a inconstitucionalidade.
São importantes, sim, as Comissões. A única coisa que eu peço, e que já pedi no
meu discurso inicial, aqui, é que nós não tenhamos Comissões se sobrepondo a
outras e fazendo com que se perca a possibilidade de crescimento e de melhorias
naqueles projetos que vêm a este Plenário. Acredito que a maioria aqui, pelo
que eu vi, votará favoravelmente. Aproveito a oportunidade, porque, neste
momento, está-se debatendo a remoção do Laçador, a grande obra, Ver. Nereu, do
viaduto Leonel Brizola, o nosso grande Brizola, negociação da qual participei
com a Infraero, quando era Secretário da SMOV. Portanto, ali pode ser colocado
junto, por que não, este parque temático. É uma idéia; se não há local, quem
sabe a Prefeitura já faz uma coisa só? Quem sabe lá já se faça um monumento,
com o seu paisagismo, com suas melhorias que vão fazer com que os cidadãos, ao
chegarem em Porto Alegre, seja pelo aeroporto, seja pelas vias do Estado ou da
União, deparem-se com aquela obra maravilhosa, de um parque temático, com o
nosso Laçador. Aliás, tenho uma idéia, que devemos estudar, Ver. Vendruscolo,
porque não há um local em Porto Alegre que tenha a bandeira do Rio Grande como
tem, por exemplo, no Estádio Olímpico e no Estádio Beira-Rio, que represente o
Rio Grande. Claro que envolve algumas questões tais como ter alguém cuidando,
ter luminosidade, tudo isso. Então, pode-se aproveitar, Ver. Ismael, esse
parque temático, mais o Laçador, mais a bandeira do Rio Grande para fazer um
grande parque temático.
Outro detalhe que é muito importante: tenho notado,
há muitos anos, que o Governo do Estado e o Governo Federal têm destinado
verbas, muitas vezes, para o Interior, para locais que não as necessitam - nada
contra Gramado e Canela, mas já não precisam de tanta verba, pela sua
capacidade de gerar verbas. Nós precisamos ter mais verbas do Governo Estadual
e da União, para podermos desenvolver um melhor o Turismo, para que o cidadão
fique em Porto Alegre e vá ao Estádio Olímpico, ao Beira-Rio; vá visitar estes
grandes monumentos que tem a nossa Capital. Isso vai ajudar o Turismo. Portanto
quero-lhe dar a palavra e dizer que essas são as minhas idéias. Vou votar a
favor.
O Sr. José Ismael Heinen: Fico muito
entusiasmado com as divagações - no bom sentido - de V. Exª, porque esse é o
Projeto. Já pensou numa Universidade Tradicionalista no Estado do Rio Grande do
Sul? Nesta Cidade gaúcha pode começar a nossa escola tradicionalista. É só mais
uma idéia para enriquecer esse manancial que temos para plantar com a nossa
tradição. Obrigado.
O SR. CASSIÁ CARPES: Obrigado,
Vereador. Vamos votar a favor. O Rio Grande necessita desse parque temático, da
sensibilidade do Prefeito. Podemos acrescentar a essa idéia a bandeira do Rio
Grande num mastro luminoso, lá em cima, chamando a atenção de quem chega na
Capital; o nosso Laçador, que será revitalizado com o paisagismo, que possa
fazer com que o cidadão pare para tirar uma foto, para conhecer melhor o que
significam nossas tradições. Parabéns, Vereadores. Estamos de acordo com esse
Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não há mais
quem queira discutir. Em votação o PLL nº 039/06, com Substitutivo nº 01.
(Pausa.) O Ver. Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do
PLL n.º 039/05, com Substitutivo n.º 01.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente; nobres colegas, ao encaminhar, nobre colega Raul Carrion, nada
mais quero fazer aqui do que agradecer pela discussão sobre o Parque Temático,
que acredito ser uma construção que está se iniciando com a participação de
toda a coletividade tradicionalista do Estado do Rio Grande do Sul, e também
com a representação dos 36 Vereadores desta Casa.
Houve Vereadores que me ajudaram, de uma maneira
mais efusiva, na montagem desse Projeto: o Ver. Almerindo, o Ver. Vendruscolo e
muitos outros. Mas quero citar e fazer um agradecimento todo especial ao grande
radialista e tradicionalista Wilson Tubino, às duas mãos dele e mais às duas
minhas, portanto a quatro mãos, passo a passo, nós montamos, fomos e voltamos;
enfrentamos as dificuldades, mas contamos sempre com esse consenso - que nós
sempre acreditamos - da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Muito obrigado, e
que Deus abençoe as nossas tradições, e agora também o nosso Parque Temático.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 039/05, com
Substitutivo n.º 01. (Pausa.) Desiste. O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra
para encaminhar a votação do PLL n.º 039/05, com Substitutivo n.º 01. (Pausa.)
Desiste. A Verª Margarete Moraes está com a palavra para encaminhar a votação
do PLL n.º 039/05, com Substitutivo n.º 01.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr.
Presidente, Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; público
que nos assiste pela televisão e nas galerias - que estão lotadas -, que são
sempre bem-vindos à nossa Cidade, aqui eu falo em nome da Bancada do meu
Partido, com muito orgulho, e quero agradecer a nossa Líder, Sofia, e ao nosso
Líder, Carlos Comassetto, e dizer, com a autoridade de quem foi Secretária
Municipal da Cultura por oito anos nesta Cidade, de quem trabalhou
democraticamente com todos os setores, com todas as expressões ligadas à
cultura, que, quando recebemos Porto Alegre, nós percebemos, Ver. Bernardino,
que as únicas expressões que não tinham um palco digno à sua mostra, à sua
expressão era o carnaval e o tradicionalismo. Inclusive havia uma certa rixa
entre esses dois setores. Nós, com muita democracia, muito diálogo conseguimos
superar esse problema - o Airton Pimentel é testemunha disso - e criamos o 1.º
Rodeio de Porto Alegre. Tenho certeza de que o Parque da Harmonia tem uma
vocação natural para essa expressão, e assim vem-se constituindo nos últimos 16
anos da nossa Cidade, para aquelas pessoas que têm saudade daquela vida do
Interior poder cultivar esses hábitos ligados ao tradicionalismo e ao
nativismo.
O Centro de Eventos também foi discutido
detalhadamente com o MTG, com os piqueteiros, com todas as expressões dentro do
tradicionalismo. E aqui eu quero citar o Manoelito Savaris, que eu considero
meu amigo, e, em nome do Manoelito, eu quero falar com todos vocês e quero
citar também o Coronel Ivo Benfatto, Patrão do CTG 35, que foi o primeiro
Presidente do Conselho Municipal de Cultura e que sempre trabalhou com muita
autonomia, muita independência e sempre contribuiu com a cultura de Porto
Alegre.
Portanto, com muito respeito, nós queremos dizer
que é fundamental a preservação, o desenvolvimento das nossas artes, da nossa
cultura, das nossas raízes, daquilo que forma a nossa identidade cultural, que
é diferente, que é singular. E, com certeza, o gaucho, para os
argentinos e os uruguaios, e o gaúcho, os nossos lindeiros, representam o
pampa, e essa diferenciação é que oferece e constitui uma força para essa
cultura.
O que eu vejo, Verª Sofia Cavedon, de mais
importante, é a resistência à globalização, apesar de que nós, mulheres, como
muito bem disse a Verª Sofia, acreditamos que são hábitos e valores que devam
ser mudados, que as mulheres são diferentes, mas que têm tantas condições para
administrar quanto os homens.
Eu acho que é obrigação de todos os Governos dar
força, valorizar todas as expressões existentes, e o Rio Grande do Sul é
formado por várias expressões, e esse é um tipo de expressão muito forte,
diferente, que merece, sim, um parque temático.
Agora, a maior preocupação, Ver. Bernardino, da
Bancada do Partido dos Trabalhadores é que esse espaço que se vai constituir,
Ver. Ismael, dentro de um espaço público, ele seja respeitado como tal, ele
permaneça público, com a idéia republicana de que o espaço é de todos e de
todas e que deve ser fruído por todas as pessoas, sem nenhum tipo de
preconceito, sem nenhum tipo de barreira. É isso.
Quero parabenizar o Ver. Ismael, o Ver. Bernardino Vendruscolo, porque a idéia original foi
dele, e depois foi consertada, complementada, aprimorada por V. Exª, e dizer
que nós vamos votar favoravelmente, porque os respeitamos, e vocês sabem disso.
Eu vejo o Airton Pimentel do outro lado agora. Que
trabalhemos com o rock, com o pop, com o reggae, com o
tradicionalismo, com o nativismo, com a arte urbana, com a arte rural, e assim
deve se comportar os Governos.
Parabéns por mais essa conquista, mais um espaço cultural para a cidade
de Porto Alegre! Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos Comassetto, o Substitutivo nº 01
ao PLL nº 039/05, com ressalva das Emendas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
APROVADO por 28 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
Em
votação a Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 039/05. (Pausa.) A
Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 039/05 não existe.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos Comassetto, a Emenda nº 02 aposta
ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 039/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 27 votos SIM e 02 NÃO.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, entrego a
Declaração de Voto da Bancada do Partido dos Trabalhadores ao Projeto e
Emendas.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Leia,
Excelência.
A SRA. SOFIA CAVEDON: (Lê.): “A
Bancada do Partido dos Trabalhadores manifesta-se favorável ao Projeto do Ver.
Ismael, pois compreende e incentiva expressões artístico-culturais de Porto
Alegre. Certamente, o nativismo e o tradicionalismo são fundamentais na
construção do Rio Grande do Sul. No entanto, manifesta a sua preocupação em
relação ao gerenciamento do parque, pois acredita que um espaço público deve se
manter público, democrático, de livre acesso a todos os cidadãos e cidadãs, sem
nenhuma espécie de barreira, como o suposto pagamento de acesso.” Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
Em votação a Emenda nº 03 ao Substitutivo nº 01 ao
PLL nº 039/05, que diz o seguinte (Lê.): “Art. 2° - Para a elaboração dos
projetos arquitetônico,, urbanístico, paisagístico, ambiental e
tradicionalista, poderá ser designada Comissão Especial, a fim de viabilizar a
construção do equipamento”. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com 4 abstenções, dos Vers. João
Antonio Dib, Sofia Cavedon, Carlos Todeschini e Haroldo de Souza. (Palmas.)
Pediria a atenção dos Vereadores para esta próxima
Emenda, já que o seu autor tentou retirá-la, mas, neste momento da votação, não
cabe mais a retirada.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Márcio
Bins Ely, a Emenda nº 04 ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 039/05, que diz o
seguinte (Lê.): “Art. 1° - Fica criado o Parque Temático Tradicionalista,
equipamento público de caráter turístico, cultural e de lazer, com o objetivo
de divulgar a cultura e as tradições do povo gaúcho”. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 24 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Bernardino Vendruscolo e outros, a Emenda
nº 05 ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 039/05, que diz o seguinte (Lê): “Retira o art. 3° do Substitutivo
ao PLL nº 039/05, renumerando os demais artigos. Justificativa - O artigo 3° do
Substitutivo apresentado ao PLL nº 039/05 trazia denominação do Parque Temático
Tradicionalista como ‘Cidade Gaúcha’. Embora a denominação do equipamento
público seja de competência do Legislativo, entendemos que somente poderá
receber denominação após a efetiva existência do equipamento”.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Bernardino
Vendruscolo e outros, a Emenda n.º 05 ao Substitutivo n.º 01 ao PLL n.º 039/05.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 02 votos SIM,
21 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4829/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 037/05, de autoria do
Ver. Luiz
Braz, que autoriza a compensação do
crédito tributário do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana,
com crédito líquido e certo, resultante de indenização por danos patrimoniais à
economia localizada nos logradouros denominados “túneis verdes”. Com Emendas nos. 01 a 04. Com Subemenda n.
01 à Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e das Emendas nos. 01 e 02;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto e das Emendas
nos. 01 a 03.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
82, § 1º, I, da LOM.
-
incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 23-02-06;
-
renovação de votação nos termos do art. 196 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia para renovação de votação, em 24-04-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Renovação de votação do PLCL n.º 037/05.
Em votação o PLCL nº 037/05. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCL n.º 037/05.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Humberto
Goulart; Srs. Vereadores; Sras
Vereadoras, por uma obrigação ao cumprimento de acordos, já que jamais nós
faltamos a qualquer acordo aqui nesta Casa, eu quero dizer que, primeiramente,
nós temos acordo com o Executivo Municipal com relação à aprovação desse
Projeto de Lei; o Executivo dá o ok com
relação à aprovação.
Em
segundo lugar, temos um outro acordo, Ver. Odone, com a Bancada do PCdoB, que
coloca uma Emenda que, para mim, é claro, foi difícil de ser deglutida, mas,
afinal de contas, acordo é acordo, e nós aceitamos que ela pudesse ser aprovada
também e fizesse parte do texto que vai ser enviado ao Executivo. É uma Emenda
que retira do texto original a possibilidade de nós termos essa compensação
quando da obstrução de calhas por folhas. Então, isso vai ser retirado do
texto, de acordo com o que foi tratado com os Vereadores Raul Carrion e Manuela
d'Ávila.
Então,
faço este encaminhamento, solicitando que seja aprovado o Projeto com as
Emendas que foram propostas, e que são em número de três, mais a Subemenda do
Vereador da Bancada do PCdoB. Faço encaminhamento simplesmente para que nós
possamos ficar cientes de que existe acordo com o Executivo; existe acordo,
também, com a Bancada do PCdoB.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para encaminhar a votação do PLCL n.º 037/05.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart;
prezados colegas Vereadores e Vereadoras, nós estamos hoje retomando uma
discussão de um Projeto de autoria do Ver. Luiz Braz, que já foi votado nesta
Casa, não obteve a votação necessária, e foi feito um Pedido de Renovação de
Votação. Votamos contrariamente naquele momento, e vamos manter o voto
contrário, por algumas questões muito claras.
Nós
discutimos, até a poucos minutos, principalmente com os meus colegas da CCJ - o
Ver. Paulo Odone veio a esta tribuna fazer referência à posição da CCJ; também
o Ver. Nereu D'Avila e outros -, que têm uma determinação, pelo menos, e um
entendimento político de que os Projetos autorizativos não têm uma qualidade
legal para poderem tramitar e ser votados. Esse é um Projeto autorizativo, esse
é o primeiro ponto. E no seu caput,
em todas as suas Emendas, diz que autoriza a compensação de crédito, e aí vai.
Mas não é só essa questão.
Eu
quero me concentrar na segunda questão, Ver. João Dib, V. Exª, que é um homem
que defende a Lei constituída e o Plano Diretor. Esse Projeto está-se referindo
à questão urbanística da cidade de Porto Alegre, e se refere aos chamados logradouros
denominados “túneis verdes”.
Veja
só: na nossa classificação do Plano Diretor, os sistemas viários se qualificam
em vias principais, vias secundárias, vias terciárias, e assim por diante. Não
existe uma conceituação que diga o que são os “túneis verdes”. Bom, se isso não
existe no Plano Diretor, nós não podemos fazer uma lei, Ver. Raul Carrion. O
senhor, que é um homem que defende a questão legal e constitucional, saiba que
não existe a denominação “túneis verdes” no Plano Diretor.
Então,
quanto à questão referente às economias localizadas nos logradouros denominados
“túneis verdes”, nós vamos estar votando aqui, se votarem favorável, a algo que
não existe. Então, é a segunda irregularidade do Projeto.
E
aí trago a terceira justificativa aqui de por que votar contrariamente. Esse é
um Projeto antiambiental para a cidade de Porto Alegre. Por que ele é
antiambiental? Porque diz que se cair um galho de uma árvore sobre uma casa, o
Município deverá indenizar. Não! Só que o seguinte: as árvores estão localizadas
ali antes das casas. Os Projetos é que têm que se adaptar ao ambiente, não o
ambiente aos Projetos! Então, esse é um conceito que nós temos que firmar. E à
juventude que aqui está, para entender e discutir esse Projeto: nós não podemos
votar um Projeto que promova, que incentive o corte de árvores na Cidade! E
esse é um Projeto que incentiva o corte de árvores! Ele diz que toda árvore que
ocasionar, entre a aspas, um prejuízo a um morador, esse terá direito à
indenização. Indenização de subsídio nos impostos! Isso está equivocado! O
sistema vegetal de nossa Cidade tem que ser protegido! As construções têm que
se adaptar ao ambiente, e não o ambiente às casas! Se for por isso, nós vamos
estar incentivando que os proprietários de todas as casas, naquelas ruas em que
ainda há vegetação, cortem as árvores para poder fazer com que elas não venham
a ocasionar prejuízos à Cidade.
Então,
essa é a nossa contrariedade. Quando diz que todo o prejuízo que poderão fazer
as chamadas “agressões” - palavras minhas - das árvores sobre os imóveis ou
móveis, que são de propriedade individual... nós vamos estar fazendo prevalecer
o direito privado sobre o direito público, e o meio ambiente é uma questão de
direito público, e pode e deve ser protegido! Nesse sentido, peço que mantenham
a votação que foi feita anteriormente e que venhamos, novamente, a rejeitar
esse Projeto. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestações
nas galerias.)
Em
votação a Emenda n.° 01 ao PLCL nº 037/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLCL nº 037/05. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 02 ao PLCL nº 037/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 03 ao PLCL nº 037/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 04 ao PLCL nº 037/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 1937/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 084/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que assegura a estudantes
o direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e dá outras
providências. Com Emenda n. 01 ao Projeto. Com Substitutivos: n. 01 (R.Carrion
e M.d’Ávila), 02 (P.Odone), e 03 (M.d’Ávila, R.Carrion e P.Odone).
Com Emendas nos. 01 a 05 ao Substitutivo n. 02. (dispõe sobre carteira de
identificação estudantil)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto, à Emenda n. 01 ao Projeto, aos Substitutivos nos. 01 e 02 e às Emendas
nos. 01 a 05 ao Substitutivo n. 02;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela rejeição do Projeto, da Emenda n. 01
ao Projeto, dos Substitutivos nos. 01 e 02 e das Emendas nos. 01 a 05 ao
Substitutivo n. 02.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia,
por força do art. 81 da LOM, em 15-12-05.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o
PLL nº 084/03, com Substitutivos nºs 01, 02 e 03. O Ver. João Antonio Dib está
com a palavra para discutir.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores, é uma questão de
dever, é uma questão de obrigação. Eu digo que, no Estado, foi votada e
aprovada pela Assembléia, a Lei nº 9.869, que institui o pagamento de
meia-entrada aos estudantes em espetáculos culturais, esportivos e de lazer, e
dá outras providências. E essa Lei foi votada para todo o Estado do Rio Grande
do Sul, incluindo Porto Alegre. Apenas no caminho aconteceu um incidente: o
Tribunal de Justiça considerou inconstitucional a Lei. Portanto a Lei não vale.
Como a Câmara vai discutir, vai votar, vai trocar idéias, é o meu dever de
Vereador dizer que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul considerou
inconstitucional Lei igual à que nós estamos querendo votar. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestações
nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para discutir o PLL nº 084/03, com
Substitutivos nºs 01, 02 e 03.
A
SRA. MANUELA D’AVILA:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós todos, que
fazemos e fizemos parte do Movimento Estudantil, sabemos o tamanho da luta pela
meia-entrada em atividades culturais, de esportes, de lazer, em todos os
Estados do nosso País. Nós todos sabemos aquilo que foi feito para tentar
retirar um direito que os estudantes conquistaram há muitas décadas e que, na
nossa Capital, a capital da democracia, a capital da participação, pelo menos
há duas décadas, já não existe.
Para
os estudantes da nossa Cidade e para os jovens do nosso País, que lutam contra
Medida Provisória nº 2.208, os
estudantes que lutam para conseguir entrar numa sala de cinema, que é um dos
locais - Ver. Márcio Bins Ely, que antes omitiu a presença da UNE, tenho
certeza, por ter-se esquecido, porque V. Exª foi também diretor da União
Nacional dos Estudantes - hoje é um dia muito importante, e nós todos sabemos
que a Educação não se dá apenas na sala de aula.
Nós
todos sabemos que o aluno aprende, Ver. João Antonio Dib, em todos os momentos
em que está em contato com as atividades de cultura, com as atividades esportivas,
com as atividades de lazer, porque, quando não aprende o conteúdo formal, a
Matemática, o Português, a História, a Geografia, ele pode aprender isso na
sala de cinema, quando ele está se divertindo, e se divertir faz parte do
processo de aprendizado. A cabeça deve funcionar, estar no lugar, interagir com
aquilo que existe de bom no nosso País, no nosso mundo, na nossa Cidade; isso é
um dos elementos fundamentais para que se aprenda com saúde, para que se
aprenda com vontade, para que se possa ir à escola com vontade de ir, e não com
aquele ranço que todos nós conhecemos e como a maior parte de nós vai todos os
dias.
E
eu queria dizer que ontem - não vou me manifestar sobre isso, não vou falar -,
Ver. Paulo Odone, quando me ameaçaram, todos disseram para eu ficar em casa:
“Vai para casa descansar”, e a primeira coisa que eu tive que fazer foi dizer o
seguinte: “Não, me dêem licença que eu tenho uma reunião às 21h30min, para
tratar da meia-entrada”, que vai ser votada e vai ser aprovada, porque os estudantes
e a juventude da nossa Cidade, Ver. João Antonio Dib, já levam muitos tiros, já
têm que se esconder de muita coisa, já têm medo de andar na rua, já pagam o
preço do ônibus, já não têm o ônibus no domingo, já pagam muita coisa e merecem
isso, porque a Constituição brasileira diz que a educação e a cultura são
direitos de todos, e meia-entrada vai ser direito agora em Porto Alegre também.
Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Paulo Odone está com a palavra para discutir o PLL n° 084/03, com
Substitutivos nºs 01, 02 e 03.
O
SR. PAULO ODONE: Sr.
Presidente; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores; juventude que nos
honra hoje e colore este plenário; meus caros Vereadores, nós estamos, com a
votação deste Projeto, atingindo um marco em Porto Alegre. Hoje nós assistimos,
nas capitais do País, as cenas lamentáveis de verdadeiro embate entre
exibidores de cinema, promotores culturais e teatrais, de shows, lazer esportivo, com a juventude, e, no meio disso, o
Ministério Público. E quase sempre com o desfecho de cenas lamentáveis de
repressão policial e etc. Por quê? Pela incapacidade de diálogo, de criar,
reconhecer e avançar em direitos, seja de inclusão social da juventude
desamparada, seja de estímulo à juventude estudantil.
O
Ver. Carrion, com o apoio da Verª Manuela, apresentou um Projeto de Lei dando a
meia-entrada, que é um Projeto de incentivo cultural, de inclusão social
também.
Nós
fizemos, imediatamente, um Substitutivo, porque entendíamos que tínhamos de ser
mais amplos que aquele Projeto, tínhamos de fazer um Projeto de inclusão social
real, e sem temer os rótulos com que nós costumamos, às vezes, queimar as boas
idéias: esse é neoliberal; esse é petista; esse é PCdoB. Deixamos as siglas de
lado e fizemos um Substitutivo, permitindo que todos os jovens, dos 21 anos
para baixo, pudessem ter acesso à meia-entrada em qualquer espetáculo desses.
Recebi,
aqui, um Vereador do PT, de Belo Horizonte, uma figura maravilhosa, e, como ele
diz, ele não é um deficiente visual, é um cego. E fui com o Godoy ao Prefeito
Fogaça: “Prefeito, em Belo Horizonte já há meia-entrada para todos os jovens,
há um pouco de disputa, filas no cinema, fila boba; alguns que não aceitam, mas
nós gostaríamos que em Porto Alegre, a partir dessa iniciativa que está se
discutindo na Câmara, com mérito para o PCdoB, para a Verª Manuela, para o Ver.
Carrion - e agora que o Ver. Carrion entendeu que a gente quer um esforço de
construção, e que a Comissão de Educação da Casa, comandada, então, pelo Ver.
Adeli Sell, chamou todas as partes interessadas para discutir -, eu quero o seu
aval para que, aqui, não tenha que ter veto. Em Belo Horizonte não houve veto
do Prefeito do PT”.
E
o Prefeito nos disse: “Eu fui jovem, sou músico, compositor, e, mais do que
ninguém, conheço a força da cultura e o que isso pode significar; só quero
impedir que, em Porto Alegre, o cinema fique muito caro, que seja só para as
elites, inviabilizando espetáculos.” Lembro que ele disse ainda: “Não quero que
a Fernanda Montenegro venha em um sábado ou domingo para se exibir nos nossos
teatros pequenos, vá embora, sendo inviabilizado o espetáculo dela pelo custo.
Se vocês contornarem isso, o Secretário da Educação fica nomeado para ajudar.
Nós, aprovando na Câmara; eu aprovo esse Projeto na Prefeitura”.
Partimos
a construir, fomos ao Secretário da Cultura, Sergius Gonzaga, fomos aos
promotores de shows, aos promotores teatrais, aos exibidores de cinema,
que foram muito refratários na 1ª Audiência Pública: não, não e não, vão fechar
os cinemas. E, milagrosamente, fizemos o que a boa democracia republicana faz:
construímos um acordo, e eu tenho de agradecer o conjunto dos líderes da
juventude que integram o Conselho Político da Juventude, a quem nós procuramos,
eu, do PPS; ao Alex Silva, que, nessas reuniões, representava o PMDB; o Rafael
Meneghetti, do PDT; o Fernando de Conto, do PPS; o Fábio Machado, do PP; o
Thomás do PSDB; o Carlos Rupp, do PV; a Sara Soares, do PFL; o Antônio Olímpio,
do PTB. Hoje, com alguns meninos ligados ao antigo MR-8 e com os do PCdoB - já
a Manoela e o Carrion muito conversaram -, chegamos a um grande conjunto de
lideranças que puderam ajudar a compor isso; e os empresários exibidores de
cinema acabaram compondo conosco o nosso acordo. De segunda a sexta, incluindo
o matinê das sextas que eles não queriam, a meia-entrada circulará para toda
essa juventude nos cinemas de Porto Alegre. Sábado e domingo, não, porque,
senão, eles não sobrevivem e teriam de aumentar o preço. Não aumentaremos, mas
vão dar um melzinho, que começa a ser o avanço: darão 10% de desconto no sábado
e domingo, e, no de segunda a quinta, acatarão. Não vamos, Ver. Dib, discutir
na Justiça, porque acho que todas as partes estão contentadas, e a isto o
Judiciário há de ser sensível, porque estamos entrando com isso, sendo mais por
inclusão e estímulo, até o cinema, que segunda a sexta é vazio, do que por
qualquer agressão.
Por
isso, essa construção feita assim será uma vitória democrática construída a
partir de todos os Partidos desta Casa, e o Prefeito Fogaça tem certeza de que,
como estão cumpridas as premissas exigidas, haverá de homologá-las, sancionando
esse Projeto.
Portanto
eu quero agradecer a Comissão de Educação, com o Adeli Sell; o Secretário de
Cultura, Gonzaga; o Prefeito; o Ver. Arnaldo Godoy, de Belo Horizonte, que
contribuiu; e os empresários de cinema, teatro e promoção cultural, lazer e
desporto de Porto Alegre, e parabenizar, porque a vitória foi dessa juventude,
e não dos Vereadores ou das Lideranças. Parabéns e obrigado, se nós pudermos
votar por unanimidade nesta Casa! Será o selo final. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
discutir o PLL nº 084/03, com Substitutivos
nºs 01, 02 e 03.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart, na pessoa de V. Exª, quero cumprimentar os demais
Vereadores e Vereadoras desta Casa, o público que nos assiste na TVCâmara, o
público que nos assiste nas galerias; quero cumprimentar todas as entidades
aqui representadas do Movimento Estudantil, as juventudes organizadas dos
Partidos políticos, os jovens dos Grêmios Estudantis da nossa Capital, UMESPA,
UEE, UGS, a UNE, como bem frisou a Verª Manuela, a UEE, e dizer que já era em
tempo que Porto Alegre precisava ter a meia-entrada para os nossos estudantes.
Nós, que percebemos que inúmeras Capitais e inúmeros Estados em nosso País já
dão esse direito aos estudantes, e nós, aqui no Sul, nós, os gaúchos, ainda não
tínhamos conseguido essa conquista para os jovens estudantes.
Então, quero dizer, Ver. João Dib, que eu serei o
primeiro a entrar na Justiça, se a Justiça entender contrário esse benefício
aos estudantes, para que a gente possa garantir a manutenção desse direito,
esse que já é um direito que os estudantes têm, adquirido, mas que aqui,
infelizmente, essa prática não vale. Então, na verdade, nós estamos, através
desse Projeto, alcançando aos jovens, aos estudantes que não têm condições,
muitas vezes, de fazer um xerox, de ter uma passagem de ônibus, enfim, a
possibilidade do acesso à cultura através da meia-entrada.
Meus cumprimentos aos Vereadores e a todas as
autoridades já nominadas pelo Ver. Paulo Odone, que estão fazendo com que esse
Projeto realmente saia do papel e passe a ser algo concreto.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Márcio Bins Ely. Eu
devo dizer a V. Exª que sou um simples engenheiro; não sou um jurista, um
advogado como é V. Exª, mas teria que entrar contra o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que foi quem
declarou a inconstitucionalidade. Não fui eu; eu apenas fiz o meu dever de
Vereador. Olha, já tem um declaração de inconstitucionalidade do Tribunal de
Justiça. Só cumpri com o meu dever.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito
obrigado pelo aparte, Ver. João Dib, mas eu quero dizer, efusivamente, que nós
entraremos contra o Tribunal de Justiça, se necessário for; iremos até o STF ou
até a instância que se faça necessária, para que os estudantes de Porto Alegre
possam ter o direito à meia-entrada em todas as atividades culturais promovidas
aqui na nossa Capital. Acho que esse é um direito.
Eu
quero cumprimentar os jovens que, hoje, estão aqui neste plenário. Meus
cumprimentos pela luta aguerrida de vocês. Praticamente estão há mais de três
horas acompanhando os trabalhos da Casa os jovens estudantes, as lideranças, os
dirigentes. Quero agradecer os alunos do Colégio Protásio Alves, que estão ali
bem representados e dizer que, realmente, a Câmara Municipal está dando um
passo muito importante, que vai servir de exemplo para todo o Estado, uma vez
que não são só os porto-alegrenses que não estão tendo o direito à
meia-entrada, mas todos os estudantes gaúchos, que, infelizmente, diferente do
que acontece em outros Estados da Federação, não têm esse direito adquirido.
Então,
que bom que surja esta legislação, que bom que as autoridades conseguiram
articular, em conjunto com o Ver. Paulo Odone, com a Verª Manuela, Vereadores
desta Casa, o Ver. Nereu D’Avila, Líder da Bancada do PDT, e todos aqueles que
gestionaram as Entidades, a UMESPA, a UEA, a UGES, a UNE, o movimento
estudantil organizado, através de Grêmios estudantis.
Eu
quero saudar todas as Diretorias e todos os colégios aqui representados na
tarde de hoje, que é uma tarde muito importante, é um marco na história do
movimento estudantil e das conquistas para os jovens estudantes. E tenho
certeza de que vai ficar gravado nos Anais e na história do nosso Município
este momento tão importante.
Então,
ficam os meus cumprimentos e a certeza de que vamos aprovar por unanimidade
essa conquista. Os meus cumprimentos a todos aqueles que, de alguma forma ou de
alguma maneira, contribuíram para que esse Projeto se tornasse realidade. Muito
obrigado. Um abraço a todos. Parabéns para esta belíssima juventude que
acompanha os nossos trabalhos na tarde de hoje.
Eu
gostaria, ainda, de fazer uma última ressalva, Sr. Presidente, dizer a esses
jovens que estão aqui que, assim como a Verª Manuela é a mais jovem Vereadora
da Casa, eu também, hoje, me encontro na condição de Vereador mais jovem deste
Legislativo, uma vez que o Ver. Mauro Zacher e o Ver. Maurício desempenham
funções nas Secretarias do Município. O que me alegra muito: poder estar nesta
tribuna com a minha idade, um jovem também estudante, pois faço faculdade na
ULBRA. Apesar de já estar formado em Direito, faço uma segunda faculdade e sei
da luta que vocês enfrentam no cotidiano e precisam, sim, que se aprovem
projetos como esse. Meus cumprimentos a todos. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Apregoamos as seguintes Emendas: Emenda
nº 03 ao Substitutivo nº 03 ao PLL nº 084/03, de autoria da Verª Sofia Cavedon;
Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 ao Substitutivo nº 03 ao PLL nº 084/03, de
autoria dos Vereadores Raul Carrion, Paulo Odone, Nereu D’Avila, e das
Vereadoras Manuela d’Ávila e Sofia Cavedon.
Apregoamos os seguintes
Requerimentos: de autoria do Ver. Raul Carrion, que solicita votação, em
destaque, para a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 ao Substitutivo nº 03 ao PLL nº
084/03; de autoria da Verª Manuela d’Ávila, que solicita votação, em destaque,
para a Emenda nº 03 ao Substitutivo nº 03 ao PLL nº 084/03.
O
Ver. João Carlos Nedel destacou a expressão da Emenda n° 03 ao Substitutivo nº
03 ao PLL nº 084/03, que diz (Lê): “...perdendo essa condição apenas quando da
expedição de nova carteira no ano letivo seguinte.”
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLL n° 084/03, com
Substitutivos nºs 01, 02 e 03.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, entidades
representativas, população de Porto Alegre, principalmente pessoas que
acompanham pelo Canal 16, hoje é um dia não só de extrema importância para a
Cidade, mas, há muito tempo, os jovens estavam aguardando por essa decisão, que
é de extrema importância. Só quem tem filhos ou que foi estudante sabe da
importância que tem possibilitar aos jovens não só que eles freqüentem os
cinemas, mas, principalmente, que acessem as casas de espetáculos, que, na grande
maioria hoje, já fazem programas de desconto, e, por sua vez, não teriam motivo
nenhum para serem contra a meia-entrada.
Se
nós observarmos o Projeto de Lei original do Ver. Raul Carrion e da Verª
Manuela, de 2003, veremos que, logo em seguida, foi apresentado o Substitutivo
do Ver. Odone. Naquela época, este Vereador foi procurado por estudantes de
cursinhos pré-vestibular e de cursos técnicos, que diziam que esse Projeto não
contemplava esse segmento. São milhares de estudantes. Ficava uma lacuna dos estudantes
que cursam o pré-vestibular. Este Vereador apresentou uma Emenda que
contemplava, então, essas instituições que desenvolvem cursos técnicos e
pré-vestibulares. E agora, no Substitutivo n° 03, foi incorporada essa idéia,
essa sugestão, essa Emenda. Por isso, este Vereador também se sente
contemplado, porque o Substitutivo n° 03 está contemplando os milhares de
estudantes dos cursos técnicos e pré-vestibulares, porque a grande maioria do
curso médio, ao tentar o curso superior, às vezes ficam um ano, dois anos, três
anos tentando chegar ao curso superior, e, nesse período, não teriam acesso a esses meios
que serão possibilitados agora no Projeto de Lei, uma vez contemplado, para que
esses estudantes possam ter acesso aos cinemas ou às casas de espetáculos.
Portanto queremos aqui dizer que esse é um projeto
também de inclusão social, na medida em que as casas de espetáculos, por sua
vez, colocavam o valor muito elevado, principalmente nos finais de semana - e
durante a semana é evidente que os estudantes estão estudando e têm dificuldade
de ir às casas de espetáculos -, e os descontos somente eram efetuados durante
a semana. Verifica-se, então, que esse Projeto vem agora contemplar uma demanda
de muitos e muitos anos que Porto Alegre devia à Cidade, devia aos estudantes.
Nesse sentido, eu e minha Bancada não só ficamos
felizes ao ter contemplada a Emenda, mas também parabenizamos pela iniciativa
dos Vereadores Manuela d’Ávila, Raul Carrion e Paulo Odone, que, no conjunto de
discussões que fizeram não só com as entidades, mas também com os empresários,
acabaram contemplando também a idade mínima dos 15 anos, porque a grande
maioria das entidades defendia 16 ou 14 anos. E, ao conversar com alguns
dirigentes das entidades, houve, então, esse acordo de que até 15 anos não
haverá a necessidade de apresentar a carteirinha. Então, as entidades vão não
só liberar as carteirinhas, como também legitimar o estudante a fazer parte e
utilizar as casas de espetáculos. Não era só a questão do teatro e do cinema,
mas também outras casas de espetáculos como circos e assim por diante.
Nós temos que entender que essa, sim, é uma das
iniciativas que vêm trazer, como falei antes, a inclusão social e contemplar
uma demanda antiga de luta dos grêmios estudantis e das unidades.
Nesse sentido, queremos parabenizar a iniciativa e
dizer que a Cidade vai amanhecer com uma grande proposta aprovada por esta
Casa, para a qual esperamos a sanção do Prefeito Municipal. Parabéns a todos.
Valeu a luta! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, a prorrogação da Sessão por
mais duas horas. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 24 votos SIM e 01 voto NÃO. Está
prorrogada a Sessão por mais duas horas.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 084/03, com Substitutivos nºs 01, 02 e 03.
O SR. ADELI SELL: Presidente Ver. Dr. Goulart,
serei breve, brevíssimo, nós fizemos reuniões da Comissão de Educação, Cultura
e Esporte, no ano passado, como já foi mencionado pelo Ver. Odone, onde tivemos
a presença do Vereador de Belo Horizonte, e creio que, até aqui, nós caminhamos
bem, numa negociação de várias partes.
Eu apenas fiz uma pequena ressalva ao Ver. Odone
sobre a questão dos cursos de pós-graduação e doutorado - porque eu acho que há
um certo exagero. Hoje, vêem-se muitas pessoas que têm uma condição
completamente diferente dos jovens estudantes de 1º e 2º graus que estão aqui.
Então, acho que seria somente em relação a essa
questão que eu teria um senão, porque acho que nós teríamos que privilegiar a
garotada que tem menos condições, que não trabalha, que depende, por exemplo,
de suas famílias ou, muitas vezes, de um estágio. Com as outras questões
estamos de acordo. Isso é só para registrar o esforço que foi feito pela Câmara
Municipal. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador. O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PLL nº
084/03, com Substitutivos
nºs 01, 02 e 03.
O SR. RAUL CARRION: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; demais Vereadoras e Vereadores, quis aguardar
para que todos os inscritos fizessem um último pronunciamento como autores do
Projeto aqui.
Em primeiro lugar, quero dizer da honra que sinto de ter apresentado, há três anos, esse Projeto, mas também com a compreensão e sem o açodamento de votá-lo imediatamente, por compreender que um Projeto deste teor, um Projeto histórico para esta Cidade, que recupera o direito à meia-entrada e o amplia, já que a meia-entrada, originalmente, era praticamente só para o cinema, e, agora, é também para outras atividades culturais, inclusive esportivas, e por compreender que era preciso uma ampla discussão e a participação do conjunto da Casa.
Quero
registrar que esse Projeto, na sua tramitação, teve Emendas dos Vereadores
Aldacir Oliboni, Margarete Moraes, Mônica Leal, Professor Garcia, Maurício,
Sofia e Nereu D’Avila; teve três Substitutivos: da Verª Manuela, deste Vereador
e do Ver. Paulo Odone; um Substitutivo comum: dos Vereadores Carrion, Manuela e
Paulo Odone. Nesse processo, houve uma negociação com o Poder Público, com o
Executivo Municipal; negociação com os empresários; negociação com as
lideranças estudantis, que estiveram atentas, procurando avançar ao máximo; nós
construímos um Projeto e um acordo possível no atual momento. Não é o Projeto
que eu gostaria, como eu apresentei no início com outros adendos, mas foram
feitas algumas concessões importantes e também contribuições importantes. Eu
diria que esse Projeto, que acabará sendo votado imediatamente, beneficia
evidentemente os jovens, os estudantes, a cultura, a Cidade e, inclusive Verª
Manuela, os próprios empresários culturais, porque nós sabemos que a televisão,
que o DVD, que o vídeo estão hoje esvaziando as salas de cinema. Saiu uma
notícia, uma informação, no ano passado, que divulgava que, entre junho de 2004
e junho de 2005, caiu em 43% a freqüência nos cinemas! A única forma de
reverter isso é fazendo com que o jovem volte a povoar as salas de cinema. Esse
Projeto está para o próprio empresário, que for inteligente, criando uma nova
platéia para o novo futuro! E esta juventude que está aqui é que estará nos
espetáculos, que irá dar vida, novamente, à indústria cinematográfica, vida aos
cinemas!
Por
isso, nós entendemos que é um acordo e um Projeto que vamos votar - que é o
Substitutivo nº 03, com algumas Emendas que corrigiram problemas -, que não só
será vitorioso na votação, como não será, esperamos, contestado na Justiça nem
será vetado, e poderá, a partir daí, vigorar em nossa Cidade. E dizemos o
seguinte: à medida que ele for aplicado, Verª Sofia Cavedon, e der certo, nós,
certamente, poderemos fazer, futuramente, alterações para melhorá-lo ainda
mais.
Parabéns
à juventude desta Cidade! Parabéns às entidades estudantis! E vamos à votação!
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 084/03, com
Substitutivos nºs 01, 02 e 03.
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, este Projeto,
conforme o próprio relato do Ver. Raul Carrion, está tramitando aqui na Casa há
bastante tempo. É verdade, também, que, hoje, em todo o Território Nacional, há
essa discussão em muitos Estados; em uns a Lei é aplicada, em outros, não. Logo
que começou essa discussão, no ano passado, nós procuramos, inclusive, entrar
com uma Emenda para tentar minimizar algumas coisas, como a Emenda que previa
pelo menos 30% da ocupação dos cinemas para estudantes. Mas, depois, com a
evolução e com os acordos que foram feitos, nós entendemos, também, de retirar
a Emenda em função de um acordo maior, em função dos estudantes.
Volto
a dizer que esse não é o Projeto dos sonhos; acho que ele poderia ser melhor
aplicado. Mas, na política, algumas coisas eu aprendi: tenciona-se, tenciona-se
e chega-se a um limite. Se tencionar mais e procurar algo mais, talvez não se
consiga. A grande realidade é que foi feito um pacto, e esperamos que a parte
empresarial não entre na Justiça, porque eles concordaram com esse Projeto,
eles discutiram aqui nesta Casa e acordaram com os Vereadores proponentes.
Então,
eu queria fazer esse registro publicamente, aqui, porque foi um compromisso
assumido pelos empresários com os Vereadores, e, conseqüentemente, com a
juventude estudantil da nossa Cidade. Por isso eu digo que esse não é o Projeto
que nós sonhávamos, mas é o Projeto que foi possível ser construído.
Então,
a partir daí, só nos resta, realmente, votar e esperar que esses milhares de
estudantes possam usufruir.
E
eu volto a dizer que eu tenho certeza de que isso não vai prejudicar em nada as
salas de cinema; pelo contrário, os senhores e as senhoras, quando se tornarem
adultos, tiverem os seus vencimentos, saberão e terão condições de apreciar os
espetáculos, pagando o ingresso de uma forma diferenciada. Muito obrigado, Sr.
Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não há mais quem queira discutir. Em
votação o PLL nº 084/03, com Substitutivos nºs 01, 02 e 03. A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 084/03, com
Substitutivos nºs 01, 02 e 03.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Dr.
Goulart; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, não usarei os cinco minutos, mas preciso registrar, em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores, que esse é um momento histórico para a
juventude da cidade de Porto Alegre. Estão de parabéns quem militou -
Vereadores Carrion e Manuela, mais diretamente; Ver. Paulo Odone, que construiu
mediações importantes -, mas, principalmente, a juventude, as entidades
sindicais, a luta dos jovens pelo direito à educação, pelo direito à cultura,
que vai criando essa necessidade, que vai criando esse direito na consciência
dos adultos, na consciência da sociedade, na consciência dos empresários. São
pequenos passos. Esse ainda não é o passo ideal. O passo ideal é aquele que
facilita o ingresso a todos, com preços bastante módicos, mas esse é um passo
importante. Dar o primeiro passo sempre é certeza de um passo seguinte. Mesmo
não conseguindo 50% nos finais de semana, a incorporação desse direito abre
portas, depois, para o avanço.
Nós
sabemos que é assim; há momentos em que não se consegue tudo. É
importante que esta Cidade imprima essa marca no acesso aos bens culturais,
mais essa marca! Estamos vivendo, neste momento, a grande rodada do Orçamento
Participativo; venho fazendo debate direto com a juventude, estive na temática
da Cultura, os jovens estavam lá, pautando os seus temas, assim como estão nas
regiões, assim como estão nas escolas municipais, nas escolas de ensino médio,
fazendo, desde jovens, a sua vida, a sua cidade, abrindo espaços; esse é o
direito da juventude. Parabéns! Essa construção é de vocês! Há outras importantes
construções, como o passe livre para ir à escola, a retirada das barreiras que
impedem o acesso dos jovens ao Ensino Médio e ao nível superior; essas são
outras tantas lutas que nós temos que continuar levando e que a sociedade
brasileira deve aos nossos jovens. Mas essa é uma vitória emblemática,
importante. Parabéns, Carrion; parabéns, Manuela; parabéns à juventude e
parabéns à cidade de Porto Alegre! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não havendo
mais quem queira encaminhar, colocaremos em votação o Substitutivo nº 01 ao PLL
n° 084/03. Eu pediria atenção a todos, porque é complexo o sistema de votação.
Primeiro, votaremos o Substitutivo nº 01; se rejeitado, passa-se à votação do
Substitutivo n° 02. Porém, se aprovado, ficam prejudicados o Projeto e os
demais Substitutivos, os de n°s 02 e 03. Atenção: se rejeitado, passa-se ao 02;
se aprovado, ficam prejudicados o próprio Projeto e
os outros dois Substitutivos. Há que se rejeitar um por um para chegar-se ao de
n° 03.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Raul
Carrion, o Substitutivo nº 01 ao PLL n° 084/03. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADO por 25 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação nominal, solicitada pela Verª Manuela
d’Ávila, o Substitutivo n.º 02 ao PLL n.º 084/03, com ressalva das Emendas.
(Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADO por 26 votos NÃO e 1 ABSTENÇÃO.
Em
votação nominal, solicitada por esta Presidência, o Substitutivo nº 03 ao PLL
nº 084/03, com ressalva das Emendas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 26 votos SIM.
Em
votação o bloco das seguintes Emendas destacadas do Substitutivo nº 03 ao PLL
nº 084/03: Emenda nº 01; Emenda nº 02; Subemenda nº 01 à Emenda nº 02; Emenda
nº 03, com ressalva da parte destacada pelo Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o
bloco de Emendas, com ressalva da parte destacada pelo Ver. João Carlos Nedel.
Aprovada
a Emenda n° 03, em votação a expressão “... perdendo esta condição apenas
quando da expedição de nova carteira no ano letivo seguinte”. Sim - aprova e
mantém no texto; Não - rejeita e retira do texto. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela unanimidade dos presentes.
Prejudicada a votação do Projeto.
Como o Presidente não pode votar, teve a honra de
conduzir esta votação histórica, neste momento, e diz que, do fundo do seu
sentimento, votaria de acordo com o Plenário, como foi esta votação. Parabéns
aos Vereadores que apresentaram o trabalho e parabéns à classe estudantil, que
tanto prezamos. (Palmas.)
Em votação a inversão da ordem dos trabalhos.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5777/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 273/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Julieta Abbud um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro
Guarujá.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 19-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6736/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 306/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que institui o Dia
da Literatura Sul-Riograndense no Município de Porto Alegre, a ser comemorado
no dia 18 de junho de cada ano.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 03-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6788/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 312/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que institui o Dia do
Conselheiro e da Conselheira Tutelar no Município de Porto Alegre, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de novembro.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 03-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 7059/05 – PROJETO
DE RESOLUÇÃO N. 153/05,
de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que concede o título honorífico de Líder
Esportivo ao Senhor Fernando Chagas Carvalho Neto.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver.
Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 19-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0028/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 022/06, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que concede o prêmio
artístico “Lupicínio Rodrigues”
ao Compositor Flávio Bicca.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 05-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0043/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 033/06, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que concede o Prêmio
“Construtor da Paz” ao Senhor Daisaku Ikeda.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 19-04-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação em bloco os seguintes Projetos: PLL nº 273/05, PLL nº 306/05,
PLL nº 312/05, PR nº 153/05, PR nº 022/06 e PR nº 033/06. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Visivelmente, não há quórum. Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 19h16min.)
* * * * *